Gasolina chega a custar R$ 5,00 no interior do PR e protesto dos caminhoneiros ganha força

Com o maior número de interdições nos estados do Mato Grosso, Santa Catarina e Paraná, as manifestações dos caminhoneiros em várias estradas do país deve ganhar força nesta terça-feira (24).

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Publicada 24 de Fevereiro, 2015 às 11:12

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Com o maior número de interdições nos estados do Mato Grosso, Santa Catarina e Paraná, as manifestações dos caminhoneiros em várias estradas do país deve ganhar força nesta terça-feira (24). As estranhas permanecem interditadas para o transporte de carga em várias rodovias do país.

No Paraná, os protestos de caminhoneiros começaram a afetar a distribuição de produtos em algumas cidades do estado. Em Pato Branco, no sudoeste do Paraná, postos de combustíveis ficaram sem gasolina nesta segunda-feira (23). Conforme o G1/PR. Alguns postos que ainda tinham combustível, o litro da gasolina subiu para R$ 5,00. Além disso, há registro de atrasos na entrega de medicamentos.

Somente carros de passeio, veículos de socorro, ônibus e caminhões e carretas com cargas perecíveis têm a passagem liberada em todos os pontos. 

Dificuldade

Para a Confederação Nacional dos Transportes Autônomos (CNTA), o transporte rodoviário de carga passa por uma situação de dificuldade em consequência da atual situação da econômica do país. ?A alta da inflação, aliada aos aumentos dos impostos do combustível, retrai a economia e acaba refletindo na diminuição dos fretes, o que significa menos dinheiro no bolso do caminhoneiro?, diz a entidade em nota divulgada nesta segunda-feira.

A CNTA sugeriu à categoria um plano de ação para reivindicar a diminuição do preço do óleo diesel, o subsídio do diesel para o caminhoneiro autônomo e a repartição dos financiamentos de caminhões para o caminhoneiro. A CNTA informou ainda, que solicitou uma reunião com o governo federal para debater as reivindicações.

A Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná (Fetranspar), um dos estados mais atingidos pelos bloqueios, admite que o aumento dos preços dos combustíveis seja uma queixa comum entre os caminhoneiros e pede medidas urgentes do governo. A entidade, no entanto, é contra as interdições das rodovias para o transporte de carga. Para a Fetranspar, o bloqueio de caminhões e o consequente desabastecimento em alguns municípios está gerando, segundo a Fetranspar, prejuízos para transportadores e ?um problema para terceiros que nada têm a ver com o setor?

Reação

Com objetivo de suspender os bloqueios, a Advocacia-Geral da União (AGU) decidiu nesta segunda-feira entrar na Justiça Federal com um pedido de liberação das rodovias bloqueadas. De acordo com a AGU, a medida tem o apoio do Ministério da Justiça, por meio da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional.

As ações, segundo a AGU, foram ajuizadas nos estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. O órgão informa ainda, que solicitou a autorização da Justiça para que o Poder Público possa adotar ?medidas necessárias para garantir a circulação nas pistas e a fixação de multa de R$ 100 mil para cada hora que os manifestantes se recusarem a liberar o tráfego?.

Nas ações, as procuradorias regionais da União argumentam que ?os bloqueios aumentam os riscos de acidentes e ameaçam a segurança de todos que precisam utilizar as rodovias, além de provocarem graves prejuízos econômicos ao impedir que cargas, muitas delas perecíveis ou perigosas, cheguem ao destino?.

Fonte: www.bandab.com.br e G1

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