Chove chuva chove! E sim, vai continuar chovendo, você reclamando ou não

Está chovendo faz uns três dias, está frio, as roupas não secam, todo mundo está pensando em comprar botes infláveis para ir comprar pão, é como se estivéssemos mofando. 

O parágrafo anterior não tem nada de errado, se não fosse insuportavelmente dramático, chato e preguiçoso. A gente mora numa região que faz frio, que chove, que esquenta porque vai chover de novo e esfria mais ainda. 

Mas o intuito desse texto aqui não é isso, o tempo é o tempo e quem manda nele não somos nós. Isso aqui é pra você que vive reclamando e pensando em como as coisas poderiam ser melhores, mais felizes, coloridas e reluzentes de alegria, tudo isso sonhado do sofá da sua sala, sem mover meio centímetro do corpo. 

Aconteceu um crime bem bárbaro numa cidade vizinha, daqueles de se parar pra pensar no quão perecível são as nossas vidas, mas o assunto também não é esse.

A nossa equipe estava voltando da cobertura do homicídio e se deparou com o Fernando Tomé Martins Menezes, nome de artista e tudo. 

Sabe o que ele estava fazendo? "Vendendo saúde", como ele mesmo definiu a venda de frutas frescas na beira da estrada, embaixo de chuva. 

Sem reclamar e com um sorriso largo no rosto, Fernando, que veio de Cianorte pra comercializar goiabas, uvas, diz que prefere estar embaixo de chuva, ganhando seus ?troquinhos? do que fazendo coisas erradas, estar preso ou estar morto. 

Essa história não é lição de moral, a real intenção é dar um apoio para você que levou essa semana arrastada, puxada e cansada. É pra você lembrar que nada e nem ninguém pode fazer algo que só você pode fazer. 

E sim, vai continuar chovendo, você reclamando ou não. Então faz o seguinte, pega a estrada de Missal, encontra o Fernando, quem sabe ele não mostre como a vida pode ser boa quando a gente quer. 

Redação: Guia Medianeira