A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) autorizou aumento da tarifa média da Copel (Companhia Paranaense de Energia) de vai 36,4% a partir de segunda-feira (2). O reajuste extraordinário foi anunciado nesta sexta-feira (27).
A Copel apresentou o quarto aumento mais significativo entre as 58 distribuidoras de energia que terão reajuste.
O reajuste extraordinário é para compensar o fim dos repasses do Tesouro à Conta de Desenvolvimento Energético, que criou um rombo da ordem de R$ 23 bilhões que será rateado entre todos os consumidores brasileiros. Na prática, esse valor servirá para cobrir a diferença entre o que as distribuidoras gastam para comprar energia a preços elevados - por causa do uso intenso de usinas termelétricas - e o que elas cobram dos consumidores.
No que se refere à compra de energia, o efeito mais representativo no aumento, segundo a Aneel, foi à variação dos custos de Itaipu. A energia dessa usina é alocada na forma de cotas às distribuidoras que atuam nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e representa aproximadamente 20% da compra de energia dessas concessionárias. As tarifas a serem aplicadas por Itaipu em 2015 foram reajustadas em 46%, em dólar (Resolução Homologatória 1.836/2014). O efeito final ainda deve considerar a variação cambial.
O principal motivo para a variação da tarifa de Itaipu foi o cenário hidrológico adverso de 2014. Em razão das vazões abaixo das médias históricas, as usinas que compõem o MRE (Mecanismo de Realocação de Energia) geraram 91% de sua garantia física.
Ocorre que toda a garantia física de Itaipu é alocada às distribuidoras na forma de cotas. Por isso, a geração insuficiente é adquirida por Itaipu ao PLD (Preço de Liquidação das Diferenças). A combinação de geração baixa e PLD elevado gerou um custo que foi absorvido por Itaipu ao longo de 2014 e que deve ser repassado em 2015.
Fonte: CGN
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