Paraná: chuvas deixam 70 cidades em situação de emergência

O Simepar divulgou que o volume acumulado de chuvas entre os dias 6 e 8 de junho foi o maior registrado para o período nos últimos 30 anos

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Publicada 09 de Junho, 2014 às 10:07

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O governador Beto Richa decretou, na tarde deste domingo (8), estado de emergência para Curitiba e outras 69 cidades afetadas pelas chuvas no Paraná. Segundo o governador, o decreto facilita a liberação de verbas para o apoio as famílias e recuperação dos estragos provocados pelos alagamentos no Estado. Apenas para a capital, R$ 840 mil podem ser liberados em recursos do Governo Federal. Richa solicitou ainda pedido de Ajuda Humanitária para as centenas de pessoas que perderam tudo nas chuvas.

Segundo o último boletim da Defesa Civil, divulgado por volta das 15 horas de ontem, 43 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas que caíram sobre o Paraná. Curitiba segue sendo a cidade mais afetada com 15.213 pessoas e 3.509 casas danificadas.

Nove pessoas morreram na tragédia, sendo três em Guarapuava, uma mãe e o filho de nove meses em Medianeira, uma em Sulina, uma em Laranjeiras do Sul, uma em Campina do Simão e uma em Curitiba.

Segundo Richa, uma criança está desaparecida e a Defesa Civil concentra todos os esforços para localizá-la. Ele deve sobrevoar as cidades afetadas a partir desta segunda-feira para acompanhar os trabalhos de resgate. ?Estamos encaminhado também vacinas e kit de equipamentos médicos. Aviões e helicópteros do estado resgatando pessoas?, disse o governador.

O Simepar divulgou que o volume acumulado de chuvas entre os dias 6 e 8 de junho foi o maior registrado para o período nos últimos 30 anos.

Ajuda

A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Paraná está mobilizada para dar apoio aos municípios que sofreram estragos.  Cerca de 5 mil residências foram danificadas, até o momento, além de serviços como fornecimento de abastecimento de água, energia elétrica, transportes e telefonia.

A Defesa Civil coordenou três operações com aeronaves no Distrito de São Roque (em Marechal Cândido Rondon, onde 12 famílias estão ilhadas e o nível do rio sobe rapidamente e com velocidade, o que impede o uso de embarcações), em Cruz Machado e em São João do Triunfo.

Desabastecimento

Em Cascavel a população poderá ficar desabastecida de água até a próxima quarta-feira (11). A Sanepar informa que ainda não foi possível retomar a captação de água no Rio Cascavel, em razão das chuvas e da inundação nos equipamentos de bombeamento de água. As equipes estão trabalhando para sugar água da casa de bombas e realizar a secagem e o conserto nos motores e demais equipamentos. Os serviços devem durar todo o dia de hoje (09) e o abastecimento ficará interrompido para 70% dos moradores da cidade. O sistema deve voltar a operar somente à noite. A previsão é de que o abastecimento só seja restabelecido por completo na quarta-feira.

Clientes que não possuem caixa-d'água domiciliar podem ficar desabastecidos temporariamente. A Sanepar lembra que, de acordo com norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), cada imóvel deve ter caixa-d'água com capacidade para atender as necessidades por, no mínimo, 24 horas. O reservatório domiciliar deve armazenar pelo menos 500 litros.

A Sanepar pede a colaboração de todos e orienta para que a população utilize a água com racionalidade, evitando desperdícios.

O Serviço de Atendimento ao Cliente Sanepar é feito pelo telefone 115, que funciona 24 horas.

Fontes: Banda B e CGN

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