SMI: Diretora é suspeita de usar dinheiro de creche em compras pessoais

Entre os produtos estão cera de depilar, alicate de cutícula e uma bolsa; caso deverá ser encaminhado ao Ministério Público do Paraná

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Publicada 26 de Novembro, 2013 às 17:24

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A diretora de uma creche municipal de São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná, é suspeita de comprar objetos pessoais e pagar com o dinheiro repassado pela prefeitura. Recursos que deveriam ser gastos exclusivamente na compra de material de expediente e de limpeza vinham sendo desviados para o pagamento de mercadorias como cera para depilação, alicate de cutícula, uma bolsa e até produtos usados para emagrecer.

O caso foi descoberto quando funcionários do Centro Municipal de Educação Infantil Sueli Maria Ferreira Manenti começaram a perceber que passou a faltar produtos de limpeza. Desconfiados, decidiram consultar as notas e perceberam as irregularidades. Além dos produtos pessoais, em algumas das notas apresentadas não constam a descrição da mercadoria adquirida, apenas o preço total da compra, o nome da creche e a assinatura da diretora, que está afastada.

Segundo a Secretária Municipal de Educação, Marli Frasson Possamai, as notas apresentadas até agora à prefeitura não apresentam nenhuma irregularidade. ?As notas que passaram pela contabilidade da prefeitura estão corretas e apresentam apenas materiais de limpeza e de expediente, o que pode ser comprado pelo CMEI?, comentou ao afirmar que ainda não recebeu as notas que estão sendo analisadas por uma comissão administrativa.

A diretora interina da creche disse que as notas foram reunidas, copiadas e encaminhadas à Secretaria de Educação. ?A secretária e uma equipe, vieram até o CMEI, fizeram uma ata e depois de alguns dias afastaram a direção?, disse a coordenadora pedagógica Andreia Cavalheiro.

O centro de educação recebe mensalmente cerca de R$ 1,7 mil. O dinheiro é administrado pela Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF). Ambos devem prestar contas à prefeitura a cada dois meses. ?Quem deve fiscalizar a aplicação deste recurso é a APMF?, apontou a secretária de Educação. O presidente da associação, Paulo Zanatta, disse que apenas assinava ?os cheques? e não soube afirmar a origem do dinheiro. Por causa da falha na fiscalização, o problema pode estar se repetindo em outras creches.

Parte do dinheiro arrecadado com festas e promoções e que deveria ser usado na manutenção também teriam sido desviados. As suspeitas também deverão ser investigadas pelo Ministério Público Estadual (MP-PR).

Fonte: G1/PR, com informações da RPC TV Foz do Iguaçu

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