Guarapuava: Mulheres dopam mãe antes de queimá-la para roubar bebê

Mulheres tentaram raptar o bebê de dois meses e tacaram fogo na mãe, que está na UTI...

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Publicada 04 de Junho, 2013 às 11:00

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O marido da jovem Ana Paula Galeski, 19 anos que teve boa parte do corpo queimado no último sábado, 1º, no bairro Santana, em Guarapuava  contou que as criminosas são duas mulheres que se passaram por religiosas e prometeram ajudar a família.

De acordo o Diário de Guarapuava, as farsantes armaram uma trama para tirá-lo de casa; depois, deram um sonífero à sua mulher; em seguida, agrediram um sobrinho do casal; e, por último, incendiaram a casa. Tudo isso para tentar raptar um bebê, de dois meses de idade.

Leandro Correia Santana, 27, contou ter acreditado nas duas mulheres quando elas bateram em sua porta, no dia 30 de maio. "Eram missionárias, pessoas extremamente doces, delicadas, de uns 30 ou 35 anos. Duas pessoas que chegaram dentro da minha casa, fizeram oração, falaram da palavra de Deus. Elas vierem três dias em casa e fizeram toda essa tragédia comigo", relatou.

Depois de acompanhar a rotina da família, as farsantes prepararam a ação para raptar o bebê.

Uma delas disse ter arrumado um emprego para Leandro em Entre Rios, desculpa para tirá-lo de casa no sábado. Então, durante o café da manhã, as criminosas colocaram um sonífero na bebida de Ana Paula. A partir daí, o único empecilho para roubar o bebê foi um sobrinho do casal, de dez anos, que estava na casa.

"Ela [Ana Paula] começou a ficar sonolenta e falou para o meu sobrinho cuidar do bebê, e dormiu. A mulher pegou a criança e ficou ali agradando. Meu sobrinho viu, suspeitou e veio ver. Ela viu que ele suspeitou e mandou ele comprar leite, mas ele disse que não poderia porque a mãe dele não o deixava sair na rua. Aí ela deu uma martelada na cabeça dele", contou Leandro, baseado no relato do sobrinho.

O menino de dez anos fingiu um desmaio para não apanhar mais. Mesmo assim, levou mais um chute na cabeça. Depois, a criança conseguiu enxergar quando, do lado de fora, a criminosa ateou fogo na casa. A sua cúmplice já havia fugido, levando roupas do bebê.

O sobrinho do casal conseguiu sair de casa quando o incêndio começou. Na rua, ele ainda agarrou na bolsa da mulher, onde ela havia escondido o bebê. Ao ver a cena, vizinhos e familiares correram para recuperar a criança. Mas a farsante fugiu.

O bebê não teve nenhum arranhão. A mãe, no entanto, sofreu queimaduras por todo o corpo. No domingo, ela foi transferida à Ala de Queimados do Hospital Universitário de Londrina, onde permanece na UTI, em estado grave. Até o início da tarde, respirava com a ajuda de aparelhos.

A assessoria do HU informou que Ana Paula teve 42% do corpo queimado. À família, no entanto, foi repassada uma porcentagem maior, de 60%. O marido acredita na recuperação. "Ela vai sair dessa, nós vamos construir juntos tudo de novo, e vamos seguir a nossa vida", falou.

Fonte: Diário de Guarapuava

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