Carros modificados para transportar contrabando são apreendidos em Santa Terezinha de Itaipu

Veículos estavam em dois caminhões-cegonha e estavam sem os bancos. Suspensões também eram reforçadas para carregar mais peso.

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Publicada 30 de Março, 2013 às 18:50

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Fiscais da Receita Federal (RF) apreenderam na manhã deste sábado (30) dois caminhões-cegonha carregadas com 21 veículos que supostamente estavam sendo modificados para transportar mercadorias contrabandeadas. De acordo com os agentes, quase todos os automóveis já estavam sem forro e bancos e com a suspensão reforçada para carregar mais peso.

As carretas carregadas com os veículos parcialmente modificados estavam em uma oficina em Santa Terezinha de Itaipu, no oeste do Paraná. Os fiscais chegaram até o local depois de flagrar um veículo saindo da oficina já sem os bancos, característica comum das alterações encomendadas pelas quadrilhas de contrabandistas que atuam na região.

Desconfiados, abordaram o motorista que deixou o local a pé depois de dizer que não tinha os documentos do carro. Ao entrarem na oficina, encontraram as duas carretas lotadas. Apreendidos e levados à delegacia da RF em Foz do Iguaçu, os veículos, a maioria utilitários, passarão por uma perícia para se verificar se estavam sendo ou não alterados para atuar no transporte das mercadorias.

Logística do contrabando

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), este tipo de prática tem se tornado cada vez mais comum na região e já se integrou à logística do contrabando na fronteira, substituindo outras estratégias utilizadas para burlar a fiscalização.

Do total de veículos roubados ou clonados recuperados em Foz do Iguaçu e municípios vizinhos, até 30% são flagrados lotados de mercadorias ou com sinais de que vinham sendo usados no transporte dos produtos trazidos ilegalmente do Paraguai. A preferência é pelos utilitários e carros de passeio.

Já na região de Guaíra, também no oeste, o índice chega a 50%, contabiliza a polícia. Outra diferença é o tamanho dos veículos, geralmente de maior porte como ônibus e caminhões usados principalmente para transportar caixas de cigarro.

Os policiais rodoviários explicam que a estratégia ajuda a reduzir os custos das quadrilhas. Muitas delas incorporaram ao esquema ladrões de carro e pessoas responsáveis por preparar os veículos para que possam transportar o máximo de mercadorias possível.

Fonte: G1 Paraná

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