Rapaz que matou namorada queimada em Céu Azul é julgado em Matelândia

Nos carros e no peito dos familiares, um único pedido: justiça. Durante quase dois anos, eles esperam o julgamento de Wallas Rafael Mendes, 26 anos, réu confesso na morte de Maria Graciela Graunke, 22 anos, em março de 2011.

Foi um dia longo e de muitas recordações. "Muita saudade dela e o espanto de ver a frieza do assassino. Eu espero que hoje haja justiça, para que ela possa descansar em paz", diz a mãe Lourete Graunke.

Maria Graciela foi morta pelo namorado que não aceitou o fim do relacionamento. Ele invadiu o consultório odontológico onde a jovem trabalhava e ateou fogo no corpo dela. Com 60% do corpo queimado, Maria chegou a ficar 32 dias internada, no Hospital de Queimados em Londrina, mas não resistiu e morreu.

Por ser considerado crime doloso, ou seja, com a intenção de matar, a justiça decidiu que Wallas fosse levado a júri popular.

O pequeno auditório do Fórum de Matelândia estava lotado. E foi o dia inteiro assim, esperando por uma decisão.
A acusação pede a pena máxima de 30 anos, pois Wallas já responde por homicídio triplamente qualificado. Para a acusação o crime foi premeditado.

Durante todo esse tempo depois do crime, Wallas aguardava julgamento na cadeia de Matelândia. Assim que sair a decisão do juiz, a acusação deve pedir a transferência dele para a Penitenciaria Estadual de Cascavel.