O Golpe Tá Ai: Delegado Denis Zortéa Merino fala sobre aumento de crimes virtuais

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Publicada 14 de Abril, 2024 às 20:40

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Falso emprego, falso sequestro, bilhete premiado, falsa central de banco, envelope vazio, falsa casa própria, pix falso, compra e venda de objetos abaixo do valor pelas redes sociais, renda extra, entre outras. As facilidades que os golpistas oferecem são variadas, mas o crime é sempre o mesmo: a obtenção de vantagem ou dinheiro através da utilização de fraude, prejudicando terceiros.

E não pense que somente pessoas idosas ou com pouco estudo é que são vítimas de estelionatários, uma vez que em mais de 90% dos casos onde as pessoas 'caíram' nos golpes, foi em razão da ganancia, da ânsia de ganhar dinheiro fácil ou em obter alguma vantagem em detrimento de terceiros, como diz do Delegado Denis Zortéa Merino, titular da Delegacia da Polícia Civil de Medianeira, em entrevista à reportagem do Guia Medianeira. Confira no vídeo acima.

"Há um aumento de todo tipo de golpes no Brasil inteiro, não somente aqui em Medianeira, e os meios digitais e tecnológicos facilitaram muito isso. As pessoas ultimamente não saem das redes sociais, e no meio de tudo isso, acabam surgindo certos tipos de facilidades, oportunidade, que em regra, no dia-a-dia em geral, não surgem. Dinheiro não cai do céu, ninguém aparece do nada para te dar dinheiro", alerta o Delegado.

Segundo o Delegado, as formas como os estelionatários aplicam os golpes são as mais variadas, e elas evoluem com o tempo. Os golpes podem ser aplicados por ligação telefônica, mensagens em aplicativos de conversas e nas redes sociais.

Alguns dos principais golpes que podemos citar, que comumente fazem vítimas na nossa cidade, são por exemplo, o golpe do falso sequestro, onde o golpista liga para um familiar informando que tal pessoa foi sequestrada e exige um valor para liberar a vítima. Existem ainda os golpes que usam nomes de órgãos oficiais (Detran, polícia, prefeitura, etc), que oferecem as mais diversas vantagens, em relação à descontos em multas ou tarifas. Outro golpe que costuma fazer vítimas na nossa cidade, é a venda de produtos pelas redes sociais, onde os golpistas utilizam perfis ou páginas falsas, ou até mesmo, invadem as contas de outras pessoas nas redes sociais, e oferecem produtos com valores muito abaixo do valor de mercado. E nesses casos específicos, as vítimas só caem no golpe por que fazem o pagamento via pix de forma antecipada, antes de ter o produto em mãos. Produtos esses, que nunca existiram.

O crime de estelionato, definido no artigo 171 do Código Penal Brasileiro, tem pena de 1 a 5 anos de reclusão, além de multa. Porém, na maioria dos casos, é difícil a vítima reaver o valor perdido. Em muitos casos, quando percebem que foram vítimas de golpe, as pessoas se sentem envergonhadas de procurar a Polícia para registrar um Boletim de Ocorrência, e isso só ajuda o golpista a se safar e não ser punido.

As principais dicas para não cair em golpes são: Desconfie sempre, principalmente quando a vantagem parece generosa demais, ou quando o valor do item à venda é muito abaixo do valor de mercado. E a mais importante de todas, se for comprar algum item anunciado nas redes sociais, nunca faça o pagamento antes de ter o produto em mãos.

Redação: Guia Medianeira

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