Aquecimento global pode despertar vírus "zumbis" que estão congelados nas geleiras

Patógenos que estão congelados podem ser prejudiciais para os seres humanos.

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Publicada 31 de Outubro, 2023 às 13:52

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Pixabay

Com o processo de aquecimento global, umas das consequências causadas pelo problema é o derretimento de geleiras. Entretanto, além de aumentar o nível do mar e alterar a situação climática, esse processo ainda esconde um problema que pode assombrar a humanidade. Inúmeros vírus congelados podem reaparecer e contaminar as pessoas.

Conhecidos como "vírus zumbi", os patógenos estão adormecidos há mais de 50 mil anos nas geleiras, mas podem voltar "acordar" com o derretimento das calotas polares. Estudados por uma equipe de cientistas franceses, existe a possibilidade de alguns vírus serem prejudiciais e infecciosos para os humanos.

Até o momento, os franceses estudaram 13 vírus nas camadas do permafrost da Sibéria, a maioria da família da Pandoraviridae. Conhecidos por possuírem os maiores genomas virais, os pandoravírus ainda são um enigma para os cientistas. Principalmente por conta da grande proporção de genes codificadores de proteínas com origens desconhecidas.

Outro exemplo é o megavírus mammoth, da família Mimiviridae, considerados "vírus gigantes". São partículas visíveis ao microscópio óptico, mas infectam apenas amebas e uma variedade de microalgas. Um caso parecido com o pithovirus e mollivirus sibericum, que não afetam animais e seres humanos.

Em 2014, um estudo demonstrou que qualquer vírus poderia ser extraído do permafrost da Sibéria e ativado com sucesso. Entretanto, por questões de segurança, apenas aqueles que infectavam amebas foram testados. Por outro lado, há possibilidade haver patógenos perigosos para a saúde humana, segundo os cientistas.

Os pesquisadores também acrescentam que não há motivo para pânico, considerando que o risco de exposição das pessoas é baixíssimo. As regiões da Sibéria, no Ártico, onde ocorrem os estudos são pouco povoadas. Ao mesmo tempo, não há evidências que os patógenos sobrevivam nas atuais condições e encontrem um hospedeiro ideal.

Fonte: Jornal Opção

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