Trecho da BR-277 entre Medianeira e Matelândia só foi duplicado após acidente com van de adolescentes, diz MPF

Obra havia sido retirada de contrato inicial com a Ecocataratas em 2003, um ano antes do previsto para a conclusão; acidente aconteceu em 2011.

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Publicada 30 de Janeiro, 2019 às 11:08

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O trecho da BR-277 entre Medianeira e Matelândia, no oeste do Paraná, só foi duplicado depois de um acidente entre um caminhão e uma van que transportava adolescentes para um competição em Foz do Iguaçu em 2011.

A conclusão faz parte de uma das duas denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal (MPF) do Paraná, na segunda-feira (28), sobre um esquema de corrupção que desviou R$ 8,4 bilhões por meio do aumento de tarifas de pedágio do Anel de Integração e de obras rodoviárias não executadas.

O MPF destacou que a obra de duplicação estava prevista no contrato com a concessionária, mas havia sido suprimida em 2003 - um ano antes do prazo inicial previsto para a conclusão -, quando foi trocada por uma redução temporária de 30% na tarifa.

"Ressalte-se que, quando ocorrido o acidente, este [trecho da rodovia] já deveria estar duplicado dentro dos 180 quilômetros de duplicação originalmente previstos entre Cascavel e Santa Terezinha do Itaipu (no PER original, a conclusão da obra era prevista para o ano de 2004)", aponta a denúncia.

O acordo para a duplicação feito em 2011, após o acidente, levou à incidência de um degrau tarifário que influenciou no aumento de 7% da tarifa do pedágio cobrado no trecho. A obra foi entregue em 2013, dez anos depois do previsto.

A denúncia cita várias outras obras que, por conta de readequações contratuais, deixaram de ser feitas na região, mas que não impediram a aplicação de degraus tarifários.

Também em 2013, o Ministério Público Estadual apontou uma série de irregularidades que alteraram os contratos originais feitos com as concessionárias que operam o Anel de Integração, entre elas a manobra que levou à retomada da obra no trecho entre Medianeira e Matelândia.

A promotoria identificou que a obra custou R$ 65 milhões e que com o pedágio mais caro a concessionária ganhou R$ 131 milhões.

A conclusão faz parte de uma das duas denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal (MPF) do Paraná, na segunda-feira (28), sobre um esquema de corrupção que desviou R$ 8,4 bilhões por meio do aumento de tarifas de pedágio do Anel de Integração e de obras rodoviárias não executadas.

O MPF destacou que a obra de duplicação estava prevista no contrato com a concessionária, mas havia sido suprimida em 2003 - um ano antes do prazo inicial previsto para a conclusão -, quando foi trocada por uma redução temporária de 30% na tarifa.

"Ressalte-se que, quando ocorrido o acidente, este [trecho da rodovia] já deveria estar duplicado dentro dos 180 quilômetros de duplicação originalmente previstos entre Cascavel e Santa Terezinha do Itaipu (no PER original, a conclusão da obra era prevista para o ano de 2004)", aponta a denúncia.

O acordo para a duplicação feito em 2011, após o acidente, levou à incidência de um degrau tarifário que influenciou no aumento de 7% da tarifa do pedágio cobrado no trecho. A obra foi entregue em 2013, dez anos depois do previsto.

A denúncia cita várias outras obras que, por conta de readequações contratuais, deixaram de ser feitas na região, mas que não impediram a aplicação de degraus tarifários.

Também em 2013, o Ministério Público Estadual apontou uma série de irregularidades que alteraram os contratos originais feitos com as concessionárias que operam o Anel de Integração, entre elas a manobra que levou à retomada da obra no trecho entre Medianeira e Matelândia.

A promotoria identificou que a obra custou R$ 65 milhões e que com o pedágio mais caro a concessionária ganhou R$ 131 milhões.

Fonte: RPCTV

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