Medianeira fica entre as dez cidades que mais geraram empregos no Paraná em 2018

Estado teve um saldo positivo de 40.256 postos de trabalho gerados, número maior desde 2013.

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Publicada 24 de Janeiro, 2019 às 13:54

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O Paraná fechou 2018 com o maior saldo de empregos dos últimos cinco anos, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os dados foram divulgados na manhã desta quarta-feira (23) pelo Ministério da Economia.

A diferença entre as admissões e os desligamentos ao longo do ano passado gerou saldo de 40.256 postos de trabalho no estado. O número é o maior desde 2013, quando o Paraná registrou saldo de 90.349.

No comparativo com 2017, a criação de empregos foi mais do que três vezes maior no ano passado.

Medianeira ficou entre as dez cidades que mais geraram empregos.

Entre os principais setores da economia, o de serviços liderou na criação de vagas em 2018. O saldo foi positivo em 30.258 postos de trabalho. No ano anterior, o setor também teve o melhor resultado, mas com saldo de 7.752.

Por outro lado, a indústria de transformação fechou o ano com mais demissões do que contratações. O saldo negativo de 323 vagas contrasta com os 7.396 postos de trabalho criados pelo setor em 2017.

Saldo de empregos por setor em 2018:
 
Extrativa mineral: -81
Indústria de transformação: -323
Serviço industrial de utilidade pública: 85
Construção civil: 2.301
Comércio: 9.426
Serviços: 30.258
Administração pública: -205
Agropecuária: -1.205

O saldo de empregos de Curitiba em 2018, de 13.681 vagas, corresponde a 34% do total do estado. Londrina, no norte do Paraná, que é a segunda maior cidade do estado, registrou saldo negativo de 705 postos de trabalho.
 

Municípios com os maiores saldos de emprego em 2018:
 
Curitiba: 13.681
São José dos Pinhais: 3.122
Maringá: 3.090
Foz do Iguaçu: 2.620
Ponta Grossa: 1.393
Paranaguá: 1.322
Cascavel: 1.284
Guarapuava: 1.026
Medianeira: 894
Campo Mourão: 860
 
Análise do mercado
 
O economista e professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Marcos Rambalducci explica que o número de demissões na indústria da transformação em dezembro é um movimento comum no país. Nesse período, indústrias e empresas da construção civil encerram as atividades do ano e, como consequência, demitem funcionários.

"Todos anos essa situação se repete, mesmo antes da crise ocorria esse movimento. Isso acontecer porque novos pedidos só são recebidos no fim de janeiro, então é uma época que as empresas dão férias coletivas e aproveitam para fazer os desligamentos. No entanto, o Paraná terminou o ano com saldo positivo, acompanhando a porcentagem do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)", explica.

Rambalducci diz que o estado e os municípios paranaenses vão conseguir aumentar o número de empregos a partir do momento que souberem atrair indústrias que priorizem a utilização de tecnologia, dessa forma agregando valor aos produtos. Curitiba, São José dos Pinhais e Maringá são exemplos de cidades que conseguiram esse investimento.

"Está faltando investimento em Londrina, o setor industrial é preponderante para trazer dinheiro de fora, para trazer dinheiro novo. A indústria vai aumentar a circulação do dinheiro no comércio, que vai aumentar a prestação de serviços. São José dos Pinhais, por exemplo, vende para mercados que não estão em crise", detalhou.

Para o economista, o estado também tem papel importante para criar novos empregos. É preciso equacionar as contas e dar segurança jurídica para os investidores.

"O estado precisa equacionar a dívida pública, gastar menos do que ganha. Com o equilíbrio fiscal em todas as unidades, o governo vai conseguir reduzir impostos e, como consequência, ser mais atrativo para investir. Também é importante dar segurança jurídica ao investidor, cumprir o que está em contrato", finaliza o economista.

Fonte: G1

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