Cascavel: Rebelião na PEC passa de quatro horas; uma pessoa foi decapitada e agentes são reféns

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Publicada 09 de Novembro, 2017 às 20:16

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A rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel passa de quatro horas, sem previsão de fim.Diversas forças de segurança foram mobilizadas e seguem na unidade prisional. 

Uma pessoa morreu decapitada. 

Um agente penitenciário, que era mantido refém, foi liberado e precisou ser encaminhado para unidade hospitalar, em estado grave.

Houve também encaminhamento de um preso para atendimento médico. 

Confira nota divulgada pelo SINDARSPEN
A rebelião que acontece desde a tarde desta quinta-feira (9/11) na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC) mais uma vez expõe a gravidade da falta de segurança com que trabalham os agentes penitenciários no Paraná. Um agente penitenciário e dois agentes de cadeia foram feitos reféns. Um dos agentes temporários foi resgatado no final da tarde pelo Setor de Operações Especiais do DEPEN (SOE) com graves ferimentos na cabeça e no rosto. Já há confirmações de que os dois trabalhadores que ainda estão com os detentos também estão gravemente feridos. Falta de efetivo e ausência de automação nas unidades são os maiores problemas enfrentados pelos servidores.

A PEC tem cerca de 1000 presos para 40 agentes por plantão (entre agentes penitenciários e agentes de cadeia temporários), dando um número de 25 presos por trabalhador, quando o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária preconiza que a proporção seja de 5 presos para cada agente. A estimativa é de que em todo o Paraná haja um déficit de cerca de 1.600 agentes penitenciários. Em julho deste ano, expirou o último concurso realizado para a categoria, havendo 1.200 aprovados aguardando convocação. Apesar de ter passado por uma grande reforma recentemente, a PEC não conta com um sistema automatizado e a abertura das celas e galerias ainda acontece de forma manual. Em 2014, a Penitenciária Estadual de Cascavel foi palco de uma das mais sangrentas rebeliões do estado, que terminou com cinco presos mortos e dois agentes mantidos reféns por 45 horas. A falta de segurança é potencializada quando o governo deixa de cumprir também suas obrigações na execução penal, deixando de garantir, por exemplo, defensores públicos nas unidades e oferecendo uma comida de péssima qualidade aos presos. O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná vem mais uma vez se manifestar publicamente contra o descaso com o sistema penitenciário no Paraná e conclama toda a sociedade para pressionar o governo do Paraná por mais atenção para essa situação. O que acontece nos presídios tem reflexos na segurança de toda a população. Precisamos estar todos atentos.

Fonte: CGN

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