A superlotação não é um problema atual, mas tem se tornado constante, principalmente por causa das operações desenvolvidas em São Miguel do Iguaçu, no Oeste do Paraná. A estrutura da cadeia local tem espaço para 16 detentos, mas abriga atualmente, 60 presos.
Dormir é uma tarefa difícil aos detentos. Eles se revezam e usam até o banheiro como quarto. As três mulheres presas na unidade, ficam em um quarto improvisado, onde há apenas uma cama. O espaço é bastante pequeno e apertado.
"Não há mais espaço para colocar os presos. O risco de rebelião ou fuga em massa é evidente", diz o delegado Francisco Sampaio, responsável pela cadeia.
Além da superlotação, outro problema enfrentado é o desvio de função dos policiais. Na cadeia não há agentes penitenciários e os próprios investigadores desempenham a função, acompanhando os detentos em audiências e escoltas.
O Depen foi procurado pela reportagem, mas o telefone da assessoria de comunicação estava desligado. Já o Sindicato dos Policiais Civil emitiu uma nota. Confira:
Por telefone, o presidente do Sinclapol (Sindicato das Classes Policiais Civil do Estado do Paraná) afirmou que um pedido de providências já foi encaminhado ao poder judiciário local, na tentativa de resolver o problema, mas até agora não houve resposta.
O sindicato é contra o uso do policial civil para escoltas em audiência ou hospitais, já que o desvio de função do policial, compromete o atendimento à comunidade, uma vez que desempenhando um trabalho que deveria ser do agente de cadeia pública, as investigações (competência da Polícia Civil) ficam prejudicadas pela demanda de outros trabalhos.
O Sindicato também se mostra contrário ao projeto de ressocialização mantido na Delegacia de São Miguel do Iguaçu e reafirma que tais atividades devem ser realizadas em unidades penitenciárias com demanda de agentes que possam desempenhar os trabalhos.
Fonte: Massa News
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