Quadrilha deixou prejuízo bilionário com falsificação de defensivos agrícolas

Seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Santa Helena, São Miguel do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu e Missal.

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Publicada 18 de Junho, 2015 às 14:05

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A Operação Safra foi desencadeada nesta quarta-feira (17), pelo Setor de Estelionatos da Polícia Civil de Cascavel.

Seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Santa Helena, São Miguel do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu e Missal.

Os investigadores apreenderam quase três toneladas de defensivos agrícolas que eram falsificados e comercializados pela quadrilha.

A investigação começou em outubro do ano passado, depois que um agricultor procurou a polícia e disse que teve um grande prejuízo com a perda da lavoura. Após usar os herbicidas.

"Contamos com a ajuda das empresas vítimas e também de outros órgãos de fiscalização da agricultura para comprovar que as mercadorias eram mesmo falsificadas e comercializadas por esta quadrilha. Foram fechados três barracões no Oeste do Paraná, que armazenavam as mercadorias falsificadas, além dos produtos que seriam usados para a confecção de mais defensivos falsificados", explica o delegado-chefe, Adriano Chofi.

Conforme a investigação a quadrilha tinha ramificações em seis estados brasileiros, mas agia em todo o país. O grupo usava embalagens de grandes empresas do ramo para ter facilidade na venda dos produtos falsificados.

As fábricas que embalavam os defensivos ficam em cidade do interior dos estados de São Paulo e Minas Gerais.

"Eles faziam vítima em todas as cidades do Brasil, e os valores praticados em mercado com a venda dos produtos, era um pouco abaixo dos valores praticados pelas empresas verdadeiras, por isso muitos agricultores não percebiam que eram vítimas do grupo", explica o delegado.

A quadrilha movimentou muito dinheiro e deixou um prejuízo estimado em 1,3 bilhões de reais.

"Movimentaram muito dinheiro e por isso vão responder pelos crimes que cometeram crimes na esfera de saúde pública e também contra o fisco, além da comercialização de produtos falsificados e a adulteração das mercadorias", conta Chofi.

Os empresários que revendiam os produtos e tinha o conhecimento da adulteração, também vão responder criminalmente.

"Muitos foram vítimas, mas outros estocavam em grandes quantidades e sabiam que o produto não era verdadeiro, mesmo assim, comercializavam e também vão ter de responder para a justiça", afirma.

Ninguém foi preso na ação, mas os trabalhos continuam e os policiais tentam agora identificar os responsáveis pelas fábricas clandestinas.

"Os trabalhos continuam e os agricultores ou pessoas que foram lesadas com a ação da quadrilha, podem procurar a Polícia Civil para registrar o caso que vamos apurar e autuar todos os responsáveis pela adulteração e falsificação dos produtos", finaliza Chofi.

Fonte: CGN

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