Professores da rede estadual retomam greve e milhares de alunos ficam sem aulas

Semana começa com milhares de alunos sem aulas. Professores são contrários às mudanças do Regime da Previdência Social.

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Publicada 27 de Abril, 2015 às 16:01

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A segunda-feira (27) começou sem aula para os cerca de 950 mil alunos das escolas da rede estadual de ensino do Paraná, os professores retomaram a greve. O principal motivo para a paralisação é a votação do projeto de lei que promove mudanças no Regime Próprio de Previdência Social do Estado. Votação esta, que acontece na tarde de hoje.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP ? Sindicato) disse que o sindicato orientou o professores irem para a sala de aula para explicar aos alunos sobre a importância da reivindicação e detalhas os motivos da greve. 

A retomada da greve foi decidida durante assembléia realizada em Londrina, no sábado (25). De acordo com o sindicato, mais de 3 mil professores participaram. A categoria reivindica também o reajuste conforme o piso nacional, que é de 13,01%.

O governo do Estado, informou através de uma nota que está cumprindo todos os itens acordados durante a primeira paralisação dos professores, que aconteceu no início do ano. 

Regime Próprio de Previdência Social

Paraná Previdência

A ParanáPrevidência ? como é conhecido o Regime Próprio de Previdência Social do Estado ? é composta por três fundos: o Militar, o Financeiro e o Previdenciário.

A proposta, apresentada pelo governo estadual, sugere que 33.556 beneficiários com 73 anos ou mais sejam transferidos do Fundo Financeiro, que é arcado com pelo Tesouro estadual, para o Fundo Previdenciário, constituído a partir de contribuições dos servidores e do poder público.

O governo afirma que o Fundo Previdenciário está capitalizado em mais de R$ 8,5 bilhões em investimentos. O Executivo argumenta ainda que esta migração proporcionará uma economia de R$ 125 milhões, por mês, com o pagamento de benefícios. Valor significativo para o cenário de dificuldade financeira vivido pela administração estadual.

O projeto prevê que o Fundo Previdenciário terá ainda o aporte de R$ 1 bilhão a partir de 2021, com o reinício de repasse ao Estado dos royalties da usina de Itaipu, que garantiria a solvência do sistema por pelo menos 29 anos.

O Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES), por outro lado, não concorda com a proposta e também com a forma como o texto tramita pela Assembleia Legislativa, já que o líder do governo deputado Luiz Claudio Romanelli apresentou pedido de urgência.

Para os sindicatos, a medida impede o amplo debate sobre o assunto. Além disso, o FES é contrário a proposta e apresentou uma série de considerações e sugestões. A exigência dos sindicatos dos servidores é para que o governo retire o projeto e reestabeleça o processo de negociação com as categorias. 

Fonte: G1

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