Mulher acusada de agressão e ameaça ao ex-marido relata sua versão do ocorrido

No dia dos fatos, a reportagem tentou conversar com ela, porém, ela estava bastante nervosa e não quis de pronunciar

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Publicada 11 de Abril, 2014 às 16:58

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A mulher que foi detida na noite da última quarta-feira (9) em Medianeira sob a acusação de ter ameaçado e agredido o ex-marido, procurou a redação do Guia Medianeira para dar sua versão sobre o ocorrido. No dia dos fatos, a reportagem tentou conversar com ela, porém, ela estava bastante nervosa e não quis de pronunciar. No entanto, ela foi avisada que o espaço para se manifestar estaria disponível, e agora ela quis falar. 

De acordo com a mulher ? que não será identificada, assim como o ex-marido não foi ? "a história é bem diferente do que ele contou". 

Segundo ela, "não foram um ano e três meses de relacionamento e sim dois anos. Ela afirma que neste tempo todo, foi vítima de agressão". "Desde que eu estava grávida ele me agredia. Meu pai e minha mãe saíram da casa deles várias vezes para irem me ajudar", afirma. "Tenho marcas no corpo do que ele já me bateu (mostra uma cicatriz na cabeça). A Polícia Militar foi umas duas ou três vezes me acudir, eu tenho os boletins de ocorrência contra ele", acrescenta.

Sobre a situação da quarta-feira, ela relata que "como estão separados, mas as coisas dela ainda estão na casa que moravam juntos, ela saiu do trabalho na hora do jantar e foi até a casa do ex-marido para pegar suas roupas". "Assim que eu entrei ele começou me agredir e eu só me defendi. Eu não era uma pessoa assim, ele só me ensinou a bater", destaca.

A mulher disse ainda que "o histórico de agressividade do ex vem de longe, e que a ex-mulher de seu ex-marido, também era vítima constante de agressão". "Ele batia muito nela e tentou fazer o mesmo comigo", diz. "Mas eu não sou louca, eu só fiz o que todas as mulheres têm que fazer, se defender".

Quando questionada sobre os motivos das constantes agressões, ela desabafa: "Ele é muito ignorante, é uma pessoa que não se dá com ninguém. Nenhum vizinho gosta dele. A única pessoa que ele se dá é com a mãe dele. Ele tem um único irmão e faz 19 anos que ele não fala com o irmão", conta. "Olhando a cara dele, é bonzinho, mas é a pessoa mais terrível do mundo. A mãe dele, ele disse que eu falei mal dela, eu fiquei nervosa mesmo, porque para ela todo mundo está errado, só ele que presta, ela apoia ele bater em mulher".

Filho

Ela contou que "o filho está doente e que desde que saiu de casa ? há 10 dias ? o pai não procurou vê-lo e não se preocupou em saber se ele está bem ou precisando de algo". "Ele é tão bom pai, que nem sabe como o piá está. Ele está doente e hoje tive que levá-lo ao hospital. Nesse tempo ele nem quis saber do menino", argumenta.

Ainda sobre o filho ela firma que "o menino é dela, e ele não vai tirar a criança de seus cuidados". "Ele não vai tirar o menino de mim, ele é meu filho. Eu tenho condição de sustentar e cuidar dele e se preciso ainda tenho ajuda dos meus pais. Eu trabalho e nos sustento e ele (o ex-marido), é um desempregado, não tem emprego, vai sustentar o menino como?"

Sem volta

A mulher disse ainda que "o casal se separou, mas diferente do que ele afirmou, não foi ela que pediu para voltar". "A senhora que me alugou a casa pode confirmar. Ele não saia da minha porta, me infernizando. Me seguia no serviço, eu saía do trabalho ele me seguia até em casa".

Desde o ocorrido, eles não se viram mais, e ela afirma com convicção que "não quer mais nenhum tipo de relacionamento com o ex-marido".

Revolta

A mulher se mostrou também bastante revoltada com a repercussão do caso e os comentários de algumas pessoas. "Tem um locutor de uma rádio falou mal de mim, que disse que eu era uma louca, que onde já se viu fazer o que eu fiz. Então, quero dizer para esse locutor, que se ele tem uma filha, que ele dê ela para o meu ex-marido, aí ele vai ver o homem que ele é", desabafa. "Ninguém pode me julgar pelo o que ele falou sobre mim. As pessoas não me conhecem para me julgar dessa forma. Só eu sei o que passei nas mãos dele".

"Está vendo minhas mãos e braços machucados (mostra), então, eu também me machuquei, mas foi quando me defendi".

No dia dos fatos, a Polícia Militar foi chamada e a mulher acabou sendo autuada, porém, ela pagou a fiança e ganhou a liberdade.

Redação: Guia Medianeira

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