Glaucoma, inimigo oculto da visão

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Publicada 14 de Março, 2018 às 17:23

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O Glaucoma é uma doença que atinge o nervo óptico causando a perda de células do sistema nervoso, responsáveis por enviar os impulsos nervosos ao cérebro.  O tipo mais comum de glaucoma é aquele que acontece gradualmente, quando o olho não drena o fluido, chamado de humor aquoso, adequadamente como deveria e, como consequência, a pressão ocular aumenta danificando o nervo óptico. Este tipo de glaucoma é indolor e, no início, não provoca alterações na visão. Algumas pessoas podem ter nervos ópticos que são mais sensíveis à pressão normal do olho, aumentando o risco de desenvolver glaucoma.

A pressão intra-ocular elevada é um fator de risco significativo para o desenvolvimento do glaucoma, embora não há um limite para o aparecimento da doença, há pacientes que tem pressão intra-ocular elevada e não apresentaram lesões e, por outro lado, alguns desenvolveram a doença com pressão intra-ocular inferior.

Um dos principais sintomas da doença, no início, é a perda da visão periférica. No começo a perda é sutil, e pode não ser percebida pelo paciente. Já as perdas moderadas ou avançadas podem ser notadas pelo paciente ou com exames oftalmológicos.  Normalmente, o paciente passa a perceber esta perda quando apenas sua visão central é percebida, começando a esbarrar em objetos, já que o campo visão se estreita.

Se não for tratado, o glaucoma leva ao dano permanente do disco óptico da retina, causando uma atrofia progressiva do campo visual, que pode progredir para cegueira. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o glaucoma é a segunda maior causa de cegueira no mundo, ficando atrás apenas da catarata.

A origem da doença, também pode ser associada a alguns fatores de risco como alto grau de miopia, histórico de pressão intra-ocular elevada, diabetes, histórico familiar, trauma ocular, uso de esteróides dentre outros.

É uma doença que não pode ser curada, porque procurar tratamento? O glaucoma não pode ser eliminado da vida do paciente, mas o avanço da doença pode ser combatido, impedindo que a doença se torne mais grave além de amenizar os sintomas. O diagnóstico precoce é fundamental para que o paciente tenha melhor qualidade de vida e evite o agravamento da doença, que pode chegar em cegueira irreversível.

Consultas periódicas com seu oftalmologista, proporcionam diagnóstico e tratamentos precisos para cada caso e, são de suma importância para detectar sinais iniciais de danos no nervo óptico. Não espere a doença se agravar, principalmente pessoas com risco de desenvolver glaucoma e/ou que tenham histórico familiar.

Juliano Chibiaqui Bissolotti

Oftalmologista

CRM 23925

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