Beto Richa, do PSDB, é reeleito governador do Paraná

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Publicada 05 de Outubro, 2014 às 19:27

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Beto Richa, do PSDB, foi reeleito neste domingo (5) governador do Paraná em primeiro turno. Ele venceu adversários como os senadores Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT) em disputa para governar o estado pelos próximos quatro anos. Cida Borghetti (PROS) será a vice-governadora no próximo mandato.

A reeleição foi confirmada com 97% das urnas apuradas. O atual governador recebeu 3.234.465 votos, o que corresponde a 55,7% dos votos válidos apurados até então.

Com a reeleição, Richa repete os dois governadores antecessores, que também obtiveram êxito ao tentar um segundo mandato consecutivo. Após se eleger em 2002, Requião foi reconduzido ao cargo nas eleições de 2006, bem como Jaime Lerner ? eleito em 1994 e 1998.

Biografia

Carlos Alberto Richa é natural de Londrina, no norte do Paraná. Filho do ex-governador José Richa, nasceu em 29 de julho de 1965 e é formado em Engenharia Civil pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Disputou a primeira eleição em 1992, para vereador de Curitiba, mas terminou como suplente. Foi eleito deputado estadual dois anos depois, já pelo PSDB, sendo reeleito em 1998.

Tornou-se vice-prefeito de Curitiba em 2000, na chapa encabeçada por Cássio Taniguchi (PFL). A primeira tentativa de chegar ao Governo do Paraná ocorreu dois anos depois, ficando em terceiro lugar na eleição vencida por Roberto Requião (PMDB). Retornou, então, à Prefeitura de Curitiba na condição de vice para, em 2004, ser eleito prefeito. Foi reeleito em 2008.

Antes do término do mandato, Richa renunciou em março de 2010 para se tornar apto a concorrer novamente ao governo do estado naquele mesmo ano. Venceu a eleição no primeiro turno, derrotando o ex-senador Osmar Dias (PDT).

Campanha

Todas as pesquisas de intenção de voto divulgadas após o início da campanha eleitoral de 2014, pelos institutos Ibope e Datafolha, mostraram o candidato à reeleição à frente dos demais adversários. Na última semana de campanha, os institutos passaram a registrar a possibilidade de vitória de Richa já no primeiro turno, o que acabou confirmado pelas urnas.

Durante a campanha, o tucano respondeu a ataques dos adversários, em especial Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT). As críticas ocorreram principalmente com relação à gestão de Richa do ponto de vista administrativo, bem como à situação financeira e do sistema prisional do estado.

Um dos debates que envolveram Richa e Requião se deu em torno das concessões de pedágio do estado. Enquanto o peemedebista acusava Richa de ter retirado ações impetradas na Justiça em governos anteriores contra as concessionárias, com objetivo de reduzir a tarifa, o tucano respondeu que apenas retirou as ações que já haviam perdido objeto. Segundo o governador, a administração dele optou pelo ?diálogo, ao invés da truculência?.

Já com Gleisi, o principal embate se deu em torno da relação entre os governos estadual e federal. Richa acusou a petista de, enquanto ministra-chefe da Casa Civil, agir politicamente para barrar a liberação de empréstimos do Governo Federal para o Paraná. Gleisi, por sua vez, afirmou que faltou competência ao governo para cumprir os requisitos legais para liberação dos empréstimos, como o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal e os investimentos mínimos em saúde.

Propostas

No Plano de Governo, o tucano se propõe a dar continuidade aos programas estabelecidos nos primeiros quatro anos de mandato. Entre as propostas que Richa promete dar seguimento está a retirada de presos das carceragens de delegacia ? zerando o número em até dois anos, com a construção ou ampliação de 20 penitenciárias.

Para o setor agrícola, Richa promete adquirir pelo menos mais dez patrulhas do campo compostas por 14 equipamentos, entre maquinários, tratores, e veículos ? além de incentivos de crédito para as cooperativas. Entre duplicações de estradas, foram citadas em entrevistas ao G1 a PR-092, no Norte Pioneiro, e a PR-280, no sudoeste do estado.

Na saúde, o tucano fala na criação de mais mil leitos de atendimento, sendo 500 deles em UTI, além de ampliações nas estruturas de hospitais.

Fonte: G1

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