Sem data para instalação das trincheiras para pedestres na BR-277 em Medianeira

Conforme assessoria da Concessionária, liberação das obras depende de questões burocráticas

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Publicada 28 de Janeiro, 2014 às 14:31

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Quem precisa atravessar a pé todos os dias a BR-277 no perímetro urbano de Medianeira sabe dos riscos que corre. Para chegar em segurança, ou pelo menos vivo do outro lado da rodovia é preciso atenção, agilidade e um bocado de sorte. Em suas amplas pistas, carros de passeio, motos, caminhões e ônibus em alta velocidade trafegam tranquilamente enquanto as pessoas sofrem e se arriscam. E olha que de acordo com especialistas em trânsito, para um acidente do tipo atropelamento ser fatal o veículo automotor nem precisa estar em uma velocidade acima de 60 quilômetros por hora. 

O benefício que a duplicação da rodovia trouxe não só para a cidade, mas para toda a microrregião é inegável, afinal, quantos acidentes e quantas mortes foram evitados e se comparar com o período anterior a construção da segunda pista, é possível confirmar isso. Foram anos de luta para que finalmente a obra pudesse ser executada. Mas, ainda assim, uma obra que pode ser considerada inacabada, pois faltam pedaços importantes a serem construídos, gera prejuízos e medo na população. 

A entrega e liberação das pistas ? 14 quilômetros entre os kms 660 e 674 ? ocorreu no início do segundo semestre de 2013, e até o momento, segundo a Assessoria de Comunicação da Concessionária que administra o pedágio na via (Ecocataratas), "não há uma data prevista para o início das obras de implantação das trincheiras para pedestres". Conforme a assessoria, "os projetos estão prontos e foram aprovados pelo DER (Departamento de Estradas e Rodagens) do Estado do Paraná. Já existe orçamento da Concessionária para a construção, mas não temos ainda previsão de liberação".

A assessoria explicou que "a assinatura para liberação do início das obras depende do DER e tanto pode sair nas próximas semanas como nos próximos meses". "São questões burocráticas", destacou o assessor.

Enquanto isso, a população deverá continuar correndo o risco atravessando a rodovia sobre a pista de rolamento. "O trecho foi sinalizado, por ora não há o que fazer a não ser aguardar", disse.

Sem travessia

Você deve estar se perguntando, assim como muita gente, como se projeta e se constrói uma rodovia, ou se faz a duplicação de uma já existente (como é o caso), sem prever as travessias para pedestres? Porém, isso aconteceu por aqui, a obra de duplicação foi planejada e executada, e as travessias seguras ficaram de fora. Somente depois da entrega das pistas é que se foi pensar nos pedestres. Somente depois também, que os projetos foram executados e até agora, quase sete meses depois, ainda não existe uma data para o início da implantação da solução. Agora, de quem foi a falha é uma pergunta que continua sem resposta.

A 'justificativa' da Concessionária é que "as trincheiras não foram incluídas no projeto de duplicação para não atrasar o início das obras", porém, "o deveria ter sido feito durante o andamento da construção das pistas, para finalizar tudo junto".

A previsão continua a mesma, duas trincheiras, uma atendendo a necessidade da Frimesa e outra no Bairro Ipê. Conforme a assessoria da Concessionária de Pedágio, as trincheiras á foram orçadas, porém os valores ainda não foram divulgados. O investimento nas pistas foi de R$ 49,3 milhões, sendo que pelo menos parte desta quantia, foi paga pela população, com impostos e claro, com os pedágios cobrados na via.

Lama e alagamento

Outro problema recorrente desde a entrega da duplicação e que atinge a população das margens da rodovia no perímetro urbano, é a lama e a enxurrada que desce das pistas invadindo ruas e casas toda vez que chove. No último fim de semana, um loteamento nas proximidades da estrada teria ficado ?ilhado? em meio à sujeira. Internautas enviaram para a redação do Guia fotos também de outras ocasiões com situações semelhantes (uma delas datada de 19 de janeiro, quando houve outra chuva). É possível ver a lama e a água escorrendo da rodovia e se acumulando nas ruas.

A assessoria da Concessionária, no entanto, emitiu uma nota oficial explicando que a água da rodovia é devidamente canalizada. "Quanto aos alagamentos no bairro Ypê, informamos que o projeto de duplicação contemplou naquela localidade a captação de toda água proveniente da BR- 277, a qual é coletada pelos dispositivos de drenagem implantados ao longo da via, evitando assim que adentre no bairro. Caso a água represada a que os moradores se referem seja proveniente do próprio bairro, sua captação deve ser feita por um sistema municipal".

 A Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Medianeira também foi contatada para falar sobre o acompanhamento feito em relação às trincheiras e a ao problema da lama, mas não retornou até o fechamento da matéria. 

Redação: Guia Medianeira

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