Médicos e estudantes protestam em Foz do Iguaçu

Os profissionais criticam a possibilidade de revalidação dos diplomas obtidos no exterior sem a necessária comprovação de habilidades técnicas e domínio do idioma loca

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Publicada 03 de Julho, 2013 às 12:03

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Em 10 cidades paranaenses, entre elas Foz do Iguaçu, haverá manifestações de médicos e estudantes de Medicina nesta quarta-feira (3). O protesto nacional ?Vem pra rua pela saúde? tem o objetivo de chamar a atenção para as políticas públicas do setor, em especial o subfinanciamento do SUS, e ainda a defesa da regulamentação do ato médico e da implantação de plano de carreira médica.

Os profissionais também criticam a possibilidade de revalidação dos diplomas obtidos no exterior sem a necessária comprovação de habilidades técnicas e domínio do idioma local. Em Foz do Iguaçu os médicos estarão concentrados a partir das 17h na Praça Mitre.

As entidades médicas e as lideranças estudantis esperam que a mobilização seja ainda maior que as anteriores e pediram aos participantes para que usem jalecos ou roupas brancas - simbolizando a saúde e a finalidade pacífica - e que empunhem faixas e cartazes expondo os objetivos do protesto.

A Federação dos Hospitais (Fehospar), Sindipar e Associação dos Hospitais do Paraná indicaram que não há paralisação dos serviços assistenciais, sobretudo nos de urgência e emergência e que coube a cada estabelecimento avaliar com sua equipe médica eventual reagendamento de procedimentos eletivos e consultas ambulatoriais, a exemplo do que vem ocorrendo nos consultórios.

Na visão do presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), Alexandre Gustavo Bley, o governo federal está se desviando do foco dos reais problemas da saúde pública ao focar como solução a vinda de médicos de outros países. Para ele, o primeiro passo seria a União cumprir o seu papel constitucional de aplicar 10% das receitas em saúde, o que só neste ano já teria representado mais de R$ 30 bilhões.

O dirigente diz que mais investimentos, que resultem em melhor infraestrutura e condições de trabalho, associados a um plano de carreira de Estado no SUS, são componentes facilitadores para a fixação do médico no interior, e que o segmento e a própria população não vão aceitar mão de obra barata e desqualificada, de agravos ao risco à saúde.

Mobilizações

Em Francisco Beltrão, o movimento "Vem pra rua pela saúde" reunirá médicos e estudantes de Medicina para um ato de protesto branco no Calçadão Central do município, às 16h. Em Pato Branco os médicos irão se reunir às 16h no estacionamento Pronto Atendimento Municipal (PAM) e seguirão em passeata até a praça da Igreja Matriz. Em Cascavel, os médicos que tiverem a possibilidade irão trabalhar de preto, em sinal de luto pela saúde. Aqueles que estiverem impedidos por questões técnicas de trajar roupas escuras poderão utilizar uma faixa preta no braço.

Fonte:www.radioculturafoz.com.br

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