Presos fazem uso do Facebook para se comunicar e continuar com tráfico

A internet fortaleceu a comunicação no mundo, inclusive dentro da prisão. Jeferson Bezerra está preso na cadeia pública de Toledo, e de lá se comunica pelo Facebook com quem está do lado de fora, até mesmo movimentando o tráfico de drogas.

Segundo-feira via celular, quase na hora de levar Paula Zeglem para o trabalho... amiga lembra do chokito branco? Tá guardado. E ela responde: ebaaa... e vê se guarda mesmo. Você sabe que vai chegar.

Segundo a polícia chokito branco quer dizer cocaína. Mais tarde uma nova postagem mandando um salve para alunos da faculdade de Toledo.

Faculdade de Toledo é a cadeia pública.

Entre os nomes citados Patropi, que identificamos se tratar de Luiz Fernando Bezerra, irmão de Jeferson, e eles foram presos juntos no dia 3 de outubro de 2012 por tráfico de drogas. Com eles mais um comparsa, João Paulo, é o Paulo KG, nome que utiliza no Facebook, e ele também faz postagens de lá de dentro.

O delegado-chefe da 20ª SDP, Donizete Botelho, desconhecia a comunicação dos presos através do Facebook, e ficou sabendo através da Catve, e assegurou que celular dentro da cadeia não é novidade. "Não dispomos ainda de equipamentos necessários para evitar os celelulares. Já foi solicitado detector de metal, mas ainda não temos nada".

Muitos celulares entram na cadeia escondidos no órgão genital das mulheres que fazem visitas íntimas aos presos. A partir de agora só estão permitidas visitas de parentes de primeiro grau ou de esposas que comprovarem o casamento no papel. E os presos que curtem as redes sociais não vão passar despercebidos. "Serão responsabilizadas administrativamente com a possibilidade de transferência".

Redação: Catve