Vídeo de policiais torturando presos em Matelândia é antigo, diz PM; policiais foram excluídos e condenados

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Publicada 21 de Janeiro, 2024 às 13:59

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Um vídeo que mostra policiais militares agredindo suspeitos presos viralizou nas redes sociais neste final de semana. As imagens foram gravadas em Matelândia, no Oeste do Paraná, mas não são recentes. Procurada, a Polícia Militar (PM) informou que as imagens foram gravadas há mais de cinco anos.

No vídeo, um policial aparece obrigando um rapaz preso a ficar com uma luva de latex na cabeça. O policial sorri e o jovem chega a falar que não precisa daquilo. "Gostou do saco?", diz outro policial, que está filmando.

Em outro momento das filmagens, outro policial se une ao PM que já torturava os suspeitos presos. Ele segura um dos presos, enquanto o outro agride com golpes de algo que parece ser um plástico - como um cabo de vassoura.

O vídeo, que foi publicado por perfis com grande número de seguidores, até mesmo pelo deputado Renato Freitas (PT), gerou repercussão nas redes sociais. Porém, a reportagem da Banda B descobriu, ao procurar a PM para buscar informações e respostas sobre as imagens, que o vídeo não é novo.

Segundo a PM, "após análise preliminar da Diretoria de Inteligência, foi constatado que as imagens são de fatos ocorridos há mais de 5 anos e que, na época, foram instaurados processos administrativo e criminal, que resultaram na exclusão de militares da PMPR e condenação dos envolvidos". 

PM repudiou ação

Apesar disso, conforme explicou a PM, uma nova análise será feita junto com a corregedoria da corporação, e serão adotadas medidas cabíveis.

"A PMPR reitera seu compromisso inabalável com os direitos humanos, a lei, a ordem e a ética, e repudia veementemente qualquer comportamento contrário a esses princípios". 

 - comenta a PM, em nota.

As atitudes dos policiais, mostradas nas imagens, foram consideradas pela PM como ilegais. Mas também não se trata de algo comum na corporação, como reforçou a Polícia Militar.

"Uma ação ilegal e isolada de um militar estadual não reflete os valores e o profissionalismo da Corporação, que se dedica diuturnamente à proteção e ao bem-estar da população paranaense"

 - finaliza a nota da PM.

Fonte: Banda B

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