Polícia investiga furto de fontes radioativas de Césio-137 em MG

Segundo a mineradora AMG, equipamentos estão desaparecidos desde o dia 29 de junho. Órgãos explicam que fontes são protegidas por camadas de aço, mas manuseio inadequado pode causar risco à saúde.

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Publicada 05 de Julho, 2023 às 14:19

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A Polícia Civil apura o furto de duas fontes de Césio-137 de uma mineradora em Nazareno (MG). O caso também é investigado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), do governo federal.

Segundo a mineradora AMG, os equipamentos desapareceram no dia 29 de junho. Assim que perceberam, eles acionaram a polícia, fizeram o boletim de ocorrência e acionaram os órgãos de fiscalização.

Em nota, a empresa diz que "lamenta profundamente qualquer preocupação que possa causar às comunidades vizinhas. Como a segurança e o bem-estar de todos os esforços possíveis para resolver a situação o mais breve possível".

Equipes da CNEN devem ir à cidade nesta quarta-feira (5).

O que são as fontes desaparecidas
 
As fontes furtadas são de Césio-137, confeccionadas em material cerâmico. Elas são duplamente encapsuladas com aço inoxidável e blindadas externamente em aço inox, resistente ao impacto. Com atividade individual de 5 MCI (meios de contraste iodado), elas compunham equipamentos medidores de densidade. 

Assim, a classificação de risco é 5, o que é considerado baixo risco.

MCI são compostos que contêm o iodo como elemento radiopaco que, quando introduzido no organismo, permitem aumentar a sensibilidade e a especificidade das imagens radiográficas.

Segundo a mineradora, quando estas fontes são utilizadas em medidores de densidade de polpa, elas não apresentam riscos. Apesar disso, o manuseio inadequado pode acarretar risco à saúde.

De acordo com a CNEN, apesar das fontes serem de Césio-137, elas têm atividade cerca de 300 mil vezes menor do que aquela do acidente de Goiânia, considerado o maior acidente radiológico do mundo, em setembro de 1987.

Ainda de segundo a Comissão, estas fontes são classificadas como não perigosas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). No entanto, é importante continuar as buscas para recuperá-las para prevenir exposições desnecessárias.

Fonte: G1

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