Substância que causou morte de cães pode ter ido para indústrias de alimentos humanos

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Publicada 13 de Setembro, 2022 às 11:41

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Uma investigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) constatou a contaminação dos petiscos da Bassar com etilenoglicol, substância extremamente tóxica associada a mais de 40 mortes de cães. A análise identificou, porém, a possibilidade de distribuição do ingrediente contaminado também ter ido para fábricas de alimentos para humanos. 

Segundo informações do G1, considerando que o propilenoglicol (composto orgânico da mesma família do etilenoglicol, mas não tóxico) é um aditivo alimentar permitido para alimentos de consumo humano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu publicar uma medida preventiva. 

Divulgada nesta segunda-feira (12), a resolução proíbe a comercialização, distribuição, manipulação e uso de dois lotes do ingrediente propilenoglicol da marca Tecno Clean Industrial Ltda, já que a avaliação do Mapa concluiu que os lotes AD5035C22 e AD4055C21 estão contaminados por etilenoglicol. 

Empresas que adquiriram o lote: 

Segundo orientação da reguladora, empresas que tenham adquirido os lotes de propilenoglicol da empresa Tecnoclean (AD5035C22 e AD4055C21) não devem utilizá-los em nenhuma hipótese, nem comercializar, devendo entrar em contato com a empresa para devolução. 

Caso o uso tenha acontecido, ações com os produtos produzidos devem ser realizadas imediatamente, incluindo investigações e todos os outros protocolos necessários para evitar o consumo do produto. 

Relembre o caso: no último mês, diversos donos de cachorros e grupos ativistas começaram a alertar para mortes e mal-estar de alguns animais após comerem petiscos da marca Bassar. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, mais de 54 animais morreram em 11 estados e no Distrito Federal depois da ingestão. Contaminados com etilenoglicol, laudos apontaram que os cachorros morreram devido a uma insuficiência renal e hepática.

Fonte: Olhar Digital

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