Ministério da Saúde divulga guia para alimentação saudável de bebês até 2 anos

Recomendação inclui dieta com alimentos minimamente processados e longe de açúcares; além da amamentação, pais devem incluir frutas, verduras e legumes.

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Publicada 15 de Julho, 2022 às 10:48

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O Ministério da Saúde divulgou, na quarta-feira (13), um guia alimentar para orientar a manutenção da saúde e do bem-estar de bebês menores de dois anos, que inclui a recomendação de uma dieta com itens minimamente processados. O manual completo está disponível no site do Governo Federal.

A orientação pediátrica da pasta visa diminuir o aparecimento de doenças, ainda na infância, como obesidade, pressão alta e diabetes.

O manual conta com dicas de alimentação para crianças a partir dos seis meses.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), poucas crianças recebem alimentos complementares nutricionalmente adequados e seguros.

A OMS diz que menos de um quarto das crianças de seis a 23 meses de idade no mundo atendem aos critérios de diversidade alimentar e frequência de alimentação apropriados para a idade.

Estima-se que a desnutrição esteja associada a 2,7 milhões de mortes de crianças anualmente ou 45% de todas as mortes de crianças.

Para promover melhor desenvolvimento alimentar infantil, o novo guia alimentar da Saúde brasileira classifica os alimentos em quatro categorias, segundo a extensão e o propósito do seu processamento.

Eles podem ser: alimentos in natura ou minimamente processados, ingredientes culinários processados, alimentos processados e alimentos ultraprocessados.

O manual também retoma a classificação para apresentar opções adequadas e saudáveis para essa faixa etária.

Alimentos in natura ou minimamente processados

In natura são os alimentos obtidos diretamente das plantas ou dos animais e não são alterados após deixar a natureza.

Já os minimamente processados passam por alguma modificação, como limpeza, remoção de partes indesejáveis. Eles não envolvam a adição de sal, açúcar, óleos, gorduras ou qualquer outra substância ao alimento original.

Exemplos disso são feijões, ervilha, lentilhas, grão-de-bico, cereais, batata, arroz, legumes e verduras, frutas frescas, secas ou em suco, carnes e ovos, leites, água própria para consumo, entre outros.

Ingredientes culinários processados

Nessa classe de alimentos estão os produtos extraídos dos alimentos in natura por processos como moagem, extração e refino para temperar, cozinhar alimentos e elaborar preparações culinárias. Como sal de cozinha, óleos e gorduras como óleo de soja, de girassol, de milho, azeite de oliva, manteiga, entre outros.

O Ministério adverte que "açúcares, melado e mel não devem ser oferecidos para crianças menores de dois anos".

Alimentos processados

São produtos fabricados a partir de alimentos in natura ou minimamente processados, com adição de ingredientes culinários.

Nestes casos, somente alguns dos alimentos processados podem fazer parte da alimentação de crianças, diz o manual.

Para alimentação dos bebês, a recomendação inclui alimentos à base de conservas de legumes, de verduras, de cereais ou de leguminosas, extrato ou concentrado de tomate (com açúcar e sal), castanhas com sal ou açúcar, carnes salgadas, peixe conservado em óleo ou água e sal, frutas em calda ou cristalizadas e outros.

Alimentos ultraprocessados

Nestes alimentos, as refeições são formulações industriais prontas para consumo. Neste caso, o manual não recomenda nenhum tipo comida deste tipo para menores de dois anos.

Eles possuem ingredientes que não são usados em casa, como carboximetilcelulose, açúcar invertido, maltodextrina, frutose, xarope de milho, aromatizantes, doçantes e muitos outros.

Exemplos deles estão no dia a dia de adultos com refrigerantes, suco em pé, bebidas com sabor de chocolate e sabor de frutas, salgadinhos de pacote, sorvetes, chocolates, balas e guloseimas em geral e outros.

Fonte: CNN

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