Matelândia: Mulher morre depois de procurar hospital duas vezes e ser mandada para casa

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Publicada 23 de Julho, 2019 às 08:23

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Em menos de 24 horas Daiane Anastácio Pieske, de 31 anos, começou a se sentir mal, procurou atendimento e recebeu alta médica duas vezes e veio a falecer em casa. A família é de Matelândia e procurou a CGN indignada. Eles resolveram fazer o relato por acreditar que isso pode evitar que o caso se repita com outras pessoas.

Lucinei Pieske de Campos é cunhada da mulher e conta que eles moram em uma propriedade rural, em Agro Cafeeira, onde cuidam de um aviário. Na manhã de sexta-feira, de repente, Daiane começou a ter uma forte dor no peito, pernas amortecidas e vômito. Como a mulher tem pressão alta e fazia acompanhamento ela foi rapidamente ao posto de saúde mais próximo e dali, encaminhada pelo Samu ao Hospital Padre Tezza que presta atendimento pelo SUS.

"Ela chegou a receber soro com medicamento para dois e durante a tarde foi liberada para ir para casa com uma receita de omeprazol. Perto das onze da noite ela voltou a passar muito mal, se ajoelhou de dor e meu irmão correu com ela para o hospital".

A cunhada conta que Daiane foi novamente medicada e liberada pouco tempo depois. Ainda na madrugada, cerca de duas horas depois de voltar para casa, ela morreu.

"Meu irmão gritou para eu ajudar a socorrer, mas vi que ela já estava morta. Mesmo assim colocamos ela no carro e fomos ao hospital. O mesmo médico que mandou ela para casa mais cedo recebeu ela morta às 4 horas. Não dava para fazer mais nada".

Segundo Lucinei, na certidão de óbito a causa da morte constou como infarto e o corpo não chegou a ser encaminhado para necropsia.

"Para nós foi negligência médica. Eu nunca vou aceitar que eles mandaram ela para casa. Não quero difamar ninguém, mas estamos indignados, eles deveriam ter dado uma atenção melhor".

A mulher deixa um filho de 13 anos e outra de 6 anos.

"Será que se estivesse no hospital ou em uma UTI ela teria morrido? Ela procurou atendimento e morreu em casa, na frente do filho".

A CGN procurou o hospital para um posicionamento, mas foi informado que não havia nenhum responsável naquele momento. A prefeitura também foi procurada e afirmou que faria um levantamento sobre o ocorrido para dar uma resposta à família. 

Fonte: CGN

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