Ameaça de vírus deixa suinocultura em alerta

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Publicada 13 de Agosto, 2014 às 11:28

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A suinocultura ao redor do mundo está em alerta por conta de um novo vírus, o PED, que em tradução livre significa vírus da diarreia epidêmica suína. A doença é fatal e pode dizimar criações, como aconteceu nos Estados Unidos neste ano, que por conta do mal teve uma quebra de até 15% no setor. O vírus, que leva a um quadro grave de diarreia e vômito, é fatal apenas para suínos jovens e não representa ameaça à saúde humana ou à segurança alimentar.

No entanto, a pecuária brasileira sente a ameaça próxima, uma vez que o vírus já chegou à América do Sul, em países como Equador e Peru, e por isso reforça os cuidados, afirma o presidente da Adapar (Agência de Defesa Sanitária do Paraná), Inácio Kroetz. ?É um risco real. É fundamental que os suinocultores aumentem a biossegurança em suas propriedades, porque se ela chegar ao País vai causar muito estrago, com mortes de animais e diminuição de produção. Além disso, a carne suína já teve problemas de sanidade antes e mais esse vírus pode gerar uma insegurança em relação ao consumo, o que poderia impor grandes prejuízos aos mercados nacional e internacional?, afirma.

Em função das perdas decorrentes do vírus nos Estados Unidos, o mercado brasileiro ganhou mais espaço para a exportação, inclusive os próprios americanos. Contudo, o presidente não comemora essa brecha comercial. ?Nós, enquanto entidade de sanidade, temos que ganhar mercado por qualidade, por competitividade, não por doença, afinal, nós também poderemos ser vítimas?, observa.

O presidente da Assuinoeste (Associação Regional dos Suinocultores do Oeste do Paraná), Adílson Kulpa, reconhece o risco e garante que os criadores da região Oeste, uma das principais do Paraná no setor, estão cientes da ameaça. ?Estamos orientado aos pecuaristas para que limitem o acesso de terceiros na propriedade e que se certifiquem da sanidade dos porcos?, detalha.

Conforme o gerente animal da Adapar, Rafael Gonçalves, a doença não chegará ao País por meio de suínos vivos, uma vez que as fronteiras estão fechadas para isso, visto que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento suspendeu as importações de reprodutores, material genético e plasma de porcos dos Estados Unidos, numa medida para tentar proteger o Brasil do vírus da diarreia epidêmica suína. ?Porém, pode chegar pela comida dos aviões e outras possibilidades, por isso é imprescindível os cuidados nas propriedades?, disse ele, em recente reunião com os suinocultores do Oeste, em Cascavel.

Fonte:O Paraná

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