Homem que matou a própria família é condenado a 150 anos de prisão

Caso aconteceu em 2010, em Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná. Réu ficou escondido em uma mata, durante três anos, até ser recapturado

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Publicada 04 de Abril, 2014 às 08:42

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Um agricultor acusado de matar seis pessoas foi condenado a 150 anos de cadeia, na noite desta quinta-feira (3), em Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná. Gilmar Reolon foi apontado pela polícia como o culpado pela morte da mulher dele, da sogra e dos dois filhos a pauladas, em 2010. Meses antes, ele também matou o próprio pai. Ele ainda foi acusado de ter matado outra adolescente, durante o período em que ficou foragido. [veja a matéria]

O julgamento durou mais de 10 horas no Fórum da cidade. Os jurados o consideraram culpado por todos os crimes e também em todos os agravantes levantados pela investigação e pelo Ministério Público.

A morte da própria família foi o crime que mais chocou a cidade, sobretudo pela forma brutal com que o assassino os cometeu. No dia 7 de janeiro de 2010, ele matou os dois filhos, a mulher e a sogra a pauladas e depois incendiou a casa em que moravam, com os corpos dentro. Reolon fugiu em seguida e permaneceu morando num matagal durante três anos, até ser recapturado pelo próprio irmão, que o encontrou no local.

Quando foi detido, ele ainda confessou ter matado uma adolescente de 16 anos, vizinha da família. Segundo ele, o crime foi porque ela o viu e ele ficou com medo de ser identificado.

No julgamento, o condenado só demonstrou emoção quando foram lidas as acusações contra ele. Ao responder as perguntas do advogado de defesa e da promotoria, Reolon se manteve sério, sem demonstrar emoções aparentes.

O condenado disse ainda que matou o próprio pai após uma discussão envolvendo uma dívida. Reolon não soube explicar no depoimento porque cometeu os crimes. "Eu fico pensando e não aceito. Não aceito o que eu fiz", disse.

A mãe da adolescente assassinada esteve presente no Fórum e chorou durante quase todo o julgamento. "Eu nunca mais tive paz, depois que ele tirou a minha filha", lamenta.

Idemar Reolon, irmão do réu, também foi favorável ao resultado. Foi ele quem encontrou Gilmar e o entregou à polícia. "Que ele fique na cadeia, que ele seja condenado e que não saia de lá. A nossa família espera que ele não saia de lá, porque a cabeça dele não é boa", diz.

Fonte: G1

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