Agricultor Serranópolis do Iguaçu hoje desponta como o principal produtor de morango da região Oeste

O turismo rural é outra área explorada na propriedade. Segundo a família, virar uma atração turística, além de obter uma renda extra com os visitantes, permite estabelecer a marca e divulgar o produto. ?Ainda é um nicho que estamos explorando?

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Publicada 12 de Agosto, 2013 às 10:22

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Após inúmeras frustrações com a soja e o milho, o produtor Jorge Oldair Rustich decidiu abandonar essas duas culturas e partir para um novo segmento: a fruticultura. Depois de uma pesquisa de mercado, o agricultor optou pelo morango, uma vez que, embora os investimentos fossem expressivos, o lucro compensaria. Há sete anos no ramo, o fruticultor de Serranópolis do Iguaçu hoje desponta como o principal produtor de morango da região Oeste, com 84 mil pés em um hectare e meio de área. Ele fatura R$ 9 por quilo produzido.

Conforme dados do Deral (Departamento de Economia Rural), a região Oeste responde por apenas 2% de toda a produção estadual de morando. O mercado é dominado pela região Metropolitana de Curitiba e pelo Norte Pioneiro, que, juntos, são responsáveis por 65% de toda a produção do Paraná.

Os dados referentes ao morango também demonstram outro lado desse cenário, pois, embora a produção seja pequena, o valor agregado é grande. O morango ocupa a quarta posição em geração de valor bruto na fruticultura, mesmo estando apenas na 11ª colocação no ranking de produção no Estado.

Jorge confirma e endossa que é um bom negócio. ?É uma cultura que exige investimentos caros. Cada muda custa R$ 0,50, tem preparação do solo, mais funcionários e, claro, maquinários se a intenção é partir para a agroindústria familiar. Nada se perde. Os frutos que não atingem tamanho suficiente para serem colocados no mercado acabam virando geleias ou polpas de sucos. Já os mais bonitos e vistosos são vendidos in natura?, diz o lavrador.

Segundo ele, o mercado do morango ainda tem seus percalços, por isso diversificar as formas de venda do produto é essencial para se manter no mercado. ?A agroindústria familiar é a melhor opção para o pequeno produtor, pois é quando ele aproveita melhor sua produção, além de virar patrão de si próprio?, observa.

FAMÍLIA TODA

Transformada em agroindústria, a propriedade de Jorge Oldair Rustich ocupa a família toda. A mãe, Maria Rustich, inclusive, além de trabalhar na lavoura é a responsável pela receita da geleia, que é vendida em toda a região Oeste. ?É uma receita de família, que acabou caindo no gosto dos clientes. Não economizo nos morangos, por isso fica tão saborosa?, gaba-se.

O turismo rural é outra área explorada na propriedade. Segundo a família, virar uma atração turística, além de obter uma renda extra com os visitantes, permite estabelecer a marca e divulgar o produto. ?Ainda é um nicho que estamos explorando?, diz Jorge.

GEADA

Por ser um produto bastante suscetível a qualquer intempérie climática, o morango exigiu cuidado especial no mês passado. ?Toda geada é aquela preocupação, pois os pés não resistem, ainda mais quando estão em época de floração, como foi o caso. Tivemos muitos estragos e, mesmo usando a proteção de TNT sobre os morangos, acabamos com uma perda de 5%. Pode até parecer pouco, mas é um número bem significativo quando se trata de morango?, conclui Jorge.

Fonte: O Paraná    (Crislaine Güetter)

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