Setor filantrópico, que vive a maior crise da história, faz movimento para sobrevivência

O Hospital e Maternidade Nossa Senhora da Luz também participou a mobilização organizada pela Confederação das Santas Casas Filantrópicas do Brasil

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Publicada 20 de Abril, 2022 às 09:29

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Hospitais filantrópicos de todo o Brasil realizaram na tarde a última terça-feira (19), uma manifestação para alertar o poder público sobre a alarmante situação financeira dessas instituições.

Em Medianeira, o Hospital e Maternidade Nossa Senhora da Luz também participou a mobilização organizada pela Confederação das Santas Casas Filantrópicas do Brasil - CMB, cujo tema é "Chega de Silêncio".

Atuando há 53 anos, o Hospital e Maternidade Nossa Senhora da Luz conta com um total de 97 leitos, e no ano de 2021 prestou 33.485 atendimentos. De acordo com a diretoria da instituição, o déficit do hospital no último ano foi de R$ 5.577.756,00 (cinco milhões, quinhentos e setenta e sete mil e setecentos e cinquenta e seis reais). Cada paciente em leito de UTI custa em média R$ 1.500,00 por dia, e o SUS repassa apenas R$ R$ 478,00 de diária.

A CMB representa 1.824 hospitais filantrópicos, que dispõem de 169 mil leitos hospitalares, 26 mil leitos de UTI e atendem a mais de 50% da média complexidade do SUS e 70% da alta complexidade. Diante do cenário financeiro alarmante, que se configura como a maior crise da história, a CMB mobilizou as federações de hospitais e instituições do todo Brasil para série de ações, a partir do dia 19 de abril, quando haverá paralisação simbólica e reagendamento de procedimentos eletivos em todos os hospitais filantrópicos do país. "Enfatizamos que a população não ficará desassistida, pois as eletivas serão reprogramadas. O ato será para expormos e evidenciarmos, de forma pública, os problemas que o setor está enfrentando", fala Véras.

As Santas Casas e hospitais filantrópicos requerem a alocação de recursos na ordem de R$ 17,2 bilhões, anualmente, em caráter de urgência, como única alternativa de assunção das obrigações trabalhistas decorrentes do projeto de lei 2564/20 - que institui o piso salarial da enfermagem, com impacto estimado em R$ 6,3 bilhões, porém, sem indicação de alternativa de financiamento; assim como para a adequação ao equilíbrio econômico no relacionamento com o SUS.

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