Inflação para famílias de baixa renda atinge 10,63%, diz índice da Fipe

O coordenador do IPC da Fipe, Guilherme Moreira, reforçou que famílias de 1 a 3 salários-mínimos sofrem mais com a pressão inflacionária do que as de alta renda.

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Publicada 10 de Novembro, 2021 às 09:42

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A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) lançou nesta quarta-feira (10) o IPC FX, índice que mede a inflação por faixa de renda. No acumulado do ano de outubro de 2020 até o mesmo mês em 2021, o número chegou a um acumulado de 10,63% para famílias de 1 a 3 salários-mínimos.

O impacto é consideravelmente maior, de acordo com o coordenador do IPC da Fipe, Guilherme Moreira, nas famílias de baixa renda.

"A perda de poder de compra é muito mais cruel para as famílias de baixa renda, inflação de 10% ao ano significa passar fome, deixar de consumir proteína, os indicadores buscam medir de maneira mais apurada os impactos dessa inflação alta", explicou.

A pressão para a classe menos favorecida se justifica pela alta de setores essenciais, como habitação, energia elétrica, alimentação. "Eles representam muito para essas famílias, no acumulado de 12 meses, a inflação foi 1 ponto percentual maior do que para quem tem alta renda, 10,6% de perda do poder de compra é uma situação complicada."

"A família olha o preço na gôndola, não a variação da inflação, o índice deve perder força nos próximos períodos, mas o preço nas gôndolas é pouco provável que haja queda, talvez parem de subir, mas os preços antes da pandemia não voltarão", completou.

Guilherme acredita que a reversão do quadro de inflação tem apenas um caminho possível: "Na minha opinião, a única saída viável é o lado da renda, devolver emprego e salário para compensar perda do poder de compra, é a saída mais eficiente."

Fonte: CNN

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