A importância de tomar a 2ª dose da vacina contra a Covid-19

Quatro milhões de pessoas estão com segunda dose da vacina atrasada no Brasil.

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Publicada 23 de Julho, 2021 às 08:26

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Mais de quatro milhões de pessoas em todo o Brasil não voltaram para receber a segunda dose da vacina contra a Covid-19. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 7% dos indivíduos com mais de 60 anos não completaram ciclo de imunização. 

Mesmo com a disponibildade de vacinas no Brasil e com a alta procura pelas vacinas no mundo todo, não é incomum ter ouvido falar sobre pessoas que receberam a primeira dose do imunizante e que não procuraram pela segunda dose. Com exceção da vacina da Janssen, que confere imunidade contra o coronavírus após 14 dias da única dose, as demais (Coronavac, AstraZeneca e Pfizer) precisam de uma segunda dose. 

O Plano Nacional de Imunizações (PNI) conta, atualmente, com quatro vacinas (Coronavac, AstraZeneca/Oxford, Pfizer e Janssen) em ampla aplicação no território nacional.

Desses imunizantes, apenas a da Janssen obedece ao esquema de dose única e, portanto, não exige uma segunda dose para completar o esquema vacinal para a aquisição da imunidade contra o vírus SARS-CoV-2, da COVID-19.

Sendo assim, caso você tenha sido vacinado com a primeira dose dos demais imunizantes, não deixe de tomar a segunda dose, após o intervalo recomendado, para que você seja imunizado adequadamente e, assim, aumentar a sua defesa contra o coronavírus.

Com milhares de pessoas já vacinadas com a primeira dose, fica difícil dizer qual seria o real motivo de muitas delas não estarem retornando para a aplicação da segunda dose do imunizante. Por isso, selecionamos abaixo algumas hipóteses mais prováveis, juntamente à explicação do porquê cada uma delas não justificaria o atraso ou o adiamento do esquema de imunização atualmente indicado pelo Ministério da Saúde:

"Após a primeira dose da vacina, já estou imunizado"

As empresas farmacêuticas, responsáveis por desenvolver cada uma de suas vacinas, mostraram resultados favoráveis de qualidade, segurança e eficácia somente após a segunda dose de cada um de seus imunizantes. Por isso, para se ter a garantia da correta imunização, deve-se seguir as recomendações do Ministério da Saúde, que estão de acordo com as recomendações das respectivas fabricantes. Sendo assim, não há garantia de qualidade, segurança e eficácia quando o imunizante é utilizado de forma inadequada, ou seja, a imunidade não é garantida após a aplicação de apenas uma dose.

"Peguei COVID-19 após a primeira dose, então não preciso mais da vacina"

A vacinação para prevenção da COVID-19 também está indicada para pessoas que contraíram a doença antes da primeira dose e também entre as duas doses. Não há contraindicação, perda ou ganho de imunidade extra após a doença.

Caso você esteja doente (COVID-19 ou outra doença), aguarde a resolução dos sintomas e procure aplicar a segunda dose assim que possível.

"Após a primeira dose da vacina, tive muitas reações, não vou vacinar novamente"

As reações às vacinas, apesar de serem relativamente comuns a depender do fabricante, podem variar de pessoa a pessoa. De casos assintomáticos até estados em que há um comprometimento mais importante (dor local intensa, febre, dor de cabeça, dor no corpo, entre outros), não há como prever o que acontecerá com cada pessoa. Além disso, as reações costumam ser menos intensas na segunda aplicação e a maioria costuma ser assintomática.

Caso você tenha apresentado um sintoma muito intenso ou de risco à vida (hipersensibilidade e trombose, por exemplo), comunique a um profissional de saúde e prontamente você será avaliado.

"Recebi a primeira dose da vacina A, vou esperar a vacina B para tomar a segunda dose"

O Ministério da Saúde não indica a vacinação com imunizantes de fabricantes diferentes entre a primeira e a segunda dose. Uma vez que a garantia de qualidade, segurança e eficácia são baseadas nos estudos apenas com a mesma fabricante, não há como garantir o real benefício dessa medida e, além disso, também não há como prever seus efeitos nocivos à saúde.

Fonte: CNN/SESMG

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