Startup que conecta produtores e clientes investe R$ 1 milhão em centro de distribuição

Unidade da Agropad deverá atender 1 mil agricultores da região de Sorocaba (SP) interessados em vender a produção diretamente ao consumidor

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Publicada 07 de Dezembro, 2020 às 14:28

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Criada inicialmente para ser apenas um e-commerce de insumos e produtos agrícolas, aproximando o produtor de seus fornecedores e de clientes, a startup Agropad deve passar por uma correção de rota e imprimir sua marca nos produtos vendidos na plataforma que será lançada no próximo ano.

"Chegamos à conclusão de que, dependendo do produto, não seria possível mandar o motorista buscar e entregar diretamente para o consumidor final", disse Luciano Moraes, diretor-executivo da startup.

Com investimento de R$ 1 milhão, a empresa desenvolveu embalagens e inaugurou um centro de distribuição próprio em Sorocaba, no interior de São Paulo, nesta semana. Atualmente, os produtores estão em fase de cadastramento na plataforma da startup e só poderão realizar operações de compra e venda a partir de 2021.

"O que de início não fazia parte do nosso escopo, agora estamos vendo como extremamente necessário. Por isso estamos avaliando abrir um segundo centro de distribuição no Paraná também", disse Moraes.

Ele observou que o uso de uma marca própria nas embalagens não era a ideia inicial, mas foi necessário para padronizar a apresentação dos produtos dos diferentes perfis de agricultores cadastrados. "Como seremos a vitrine daquele vendedor, temos que tomar todo o cuidado com o design e a imagem também. Por isso, temos que concentrar isso em um centro de distribuição", acrescentou.

Além de permitir a compra de insumos, a plataforma terá funcionalidades para que consumidores adquiram produtos diretamente do pequeno agricultor. Só na região de Sorocaba, a Agropad tem 400 produtores cadastrados que poderão utilizar o centro de distribuição inaugurado neste mês - a unidade tem capacidade para atender 1 mil.

Segundo Moraes, a startup pode oferecer custos logísticos até 20% menores do que os praticados atualmente, atendendo um raio de 50 quilômetros. "Hoje, o atravessador cobra em torno de 30% do valor da venda. A gente vai reduzir isso para algo entre 8% e 10% para ter um lucro mínimo da operação. E, com essa diferença, conseguimos já reduzir o custo para quem compra e potencializar o faturamento de quem está vendendo", conclui.

 

Fonte: Revista Globo Rural

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