Veja como está a situação do Rio Alegria que abastece Medianeira

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Publicada 18 de Fevereiro, 2020 às 19:12

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A falta e o racionamento de água têm se tornado algo corriqueiro na vida dos medianeirenses, fato que se repete ano após ano no período de estiagem.

Buscando uma explicação para isso, a reportagem do Guia Medianeira foi até a estação de captação e tratamento de água da Sanepar, localizada no Bairro Ipê, para saber qual a real situação do Rio Alegria.

No local é visível a baixa vazão do manancial que é responsável pelo abastecimento da estação de tratamento. Por conta disso a Sanepar vinha adotando nos últimos dias medidas de restrição de fornecimento de água durante a madrugada, porém, segundo a empresa, estas medidas já não têm sido suficientes para manter toda a cidade abastecida, fato que levou a Sanepar a instituir o rodízio, que deverá ter início na próxima quinta-feira (20).

Em reportagem publicada em setembro de 2018, o Guia Medianeira já havia questionado a Sanepar sobre a falta ou pouco investimento em obras de ampliação na rede de captação e distribuição de água, frente à crescente demanda. Na época, em nota a Sanepar informou que obras haviam sido feitas para a melhoria do sistema, como a substituição de tubulação que apresentavam vazamentos e interligação das redes. Além disso, havia a previsão de que dois novos poços que haviam sido perfurados entrariam em operação no começo de 2019.

Em maio de 2019, a Sanepar concluiu esta etapa da ampliação do sistema com a interligação da adutora que faz a conexão entre a estação de transbordo e o reservatório de água tratada do Bairro Belo Horizonte, desta forma incrementando em mais 100 mil litros por hora no fornecimento de água.

Atualmente, além da água do Rio Alegria, existem três poços que complementam o abastecimento. Segundo a Sanepar, os poços representam 30% do fornecimento de água da cidade, e além disso, um novo poço está em fase de licitação, o qual será perfurado no Bairro Jardim Irene e será interligado à rede.

A reportagem do Guia Medianeira também levou à Sanepar um questionamento feito por uma moradora da cidade, a qual pediu explicações sobre um poço que havia sido perfurado no ano de 2008 na comunidade Cabeceira do Represo, e que não estava sendo utilizado.

Sobre este poço inoperante da Linha Cabeceira do Represo, a Sanepar explicou que o mesmo havia sido perfurado até a profundidade de 250 metros e que nos testes de produção, a vazão foi de 50 m3/h, o que na época foi considerado economicamente inviável para a operação, e por isso foi priorizado a implantação de outros poços que tinham vazão maior.

Em relação ao rodízio programado para começar na quinta-feira, a Sanepar informou que caso volte a chover ou se houver uma redução no consumo, o mesmo poderá ser suspenso, e por isso orienta que atividades como lavar calçadas e carros devem ser evitadas.

Redação: Guia Medianeira

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