Paraná está em alerta contra a febre-aftosa pois Paraguai registrou segundo foco em seis meses

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Publicada 06 de Janeiro, 2012 às 10:08

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Richa determina reforço na fiscalização para evitar risco de aftosa

A secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná irá reforçar a fiscalização na faixa de fronteira e ampliar a vigilância em todo o Estado para evitar entrada de gado paraguaio no Paraná em função da notificação de um novo foco de febre aftosa no Departamento de San Pedro, no país vizinho. 

A determinação partiu do Governador Beto Richa que afirmou que tanto o Paraná quanto o governo federal irão intensificar as medidas de prevenção e fiscalização.

As equipes paranaenses de fiscalização sanitária vão trabalhar 24 horas nos postos de inspeção, vão montar barreiras nas principais vias de trânsito entre o Paraná, Mato Grosso do Sul, Paraguai e Argentina, fazer vigilância volante nas estradas e visitar propriedades que possam estar expostas a risco ou suspeitas. 

O secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara disse que a entrada de animais do Paraguai está proibida desde setembro, quando ocorreu o primeiro caso de aftosa em uma fazenda paraguaia e que será feito o necessário para evitar os riscos ao gado paranaense, com determinação de exercer poder de polícia na faixa de fronteira.

Há cerca de um mês foi encerrada a campanha de vacinação contra a febre aftosa que imunizou cerda de 97% do rebanho o que reforça a capacidade de imunização do plantel paranaense. 

É o segundo registro de aftosa no Paraguai em menos de seis meses. Em setembro, cerca de 820 cabeças de gado foram sacrificadas em San Pedro. Essa região fica a cerca de 230 quilômetros de Guaíra e a 130 quilômetros do Mato Grosso do Sul. 

No caso atual, os números preliminares indicam que são 131 animais suspeitos e 15 com contágio confirmado. Os números foram informados pelo governo paraguaio a Organização Internacional para Saúde Animal (OIE).

A Divisão de Sanidade Animal (DSA) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento está alerta para que as cargas das espécies suscetíveis (bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos) que entrem no Paraná sejam vistoriadas com prioridade. A movimentação de bovinos deverá estar devidamente registrada no cadastro da DSA.

A orientação é para que os fiscais dos Postos de Fiscalização façam a imediata comunicação às Unidades Veterinárias de destino das cargas e que estas realizem a vistoria dos animais no menor tempo possível, dando maior prioridade para as cargas de bovinos oriundas do Mato Grosso do Sul, especialmente as procedentes de municípios de fronteira com o Paraguai.

De acordo com o responsável pela Área de Febre Aftosa da secretaria, Valter Ribeirete, é preciso também convencer o produtor a manter os animais isolados por 15 dias antes de juntá-los ao rebanho ou movimentá-los para outra propriedade. ?Ao receber os animais na propriedade de destino, o produtor deve comunicar à Divisão de Sanidade Animal qualquer alteração no rebanho, sobretudo relacionada à claudicação e salivação?, esclareceu.

Redação: AEN

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