A Delegacia de Homicídios da Capital (DH) apreendeu hoje no Rio 117 fuzis incompletos na casa de um amigo de Ronnie Lessa, suspeito de ter disparado contra a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes no ano passado.
Segundo a Polícia Civil fluminense, a apreensão feita no endereço de Alexandre Motta Souza, pessoa próxima de Ronnie, é recorde na história do estado. Em 2017, 60 fuzis foram apreendidos no aeroporto do Galeão -- maior quantidade registrada até então.
Na apreensão de hoje, na zona norte da cidade, além dos fuzis desmontados, guardados em caixas e sem os canos, foram encontradas 500 munições e três silenciadores.
Ele é amigo do Lessa há anos e apenas lhe fez o favor de armazenar essa encomenda em seu apartamento. Ele não sabia do que se tratava. E foi uma surpresa para ele ver o que se encontrava dentro das caixas. Ele não tem nada a ver com esse episódio lamentável envolvendo a vereadora". Leonardo da Luz, advogado de Alexandre Motta Souza.
Na residência de Alexandre ainda foram encontrados R$ 112 mil em espécie. Também foram localizados R$ 50 mil na casa dos pais do policial e R$ 62 dentro do carro dele.
A apreensão faz parte da Operação Lume, que cumpriu dois mandados de prisão e 34 de busca e apreensão, resultado das investigações que apuram a morte da vereadora e do motorista.
O advogado Leonardo da Luz também disse que seu cliente confiava em Lessas. "O Alexandre cuida do irmão dele [Lessa]. No caso, Alexandre tem a guarda do irmão dele, que tem uma deficiência mental infantil. Inclusive é pensionista do Estado", acrescentou.
Como a prisão foi em flagrante, Alexandre deve ser ouvido em 24 horas em uma audiência de custódia, e o juiz avaliará se há necessidade de mantê-lo detido. A defesa vai pedir sua soltura, alegando que ele não tem antecedentes criminais, tem residência fixa e está trabalhando.
Fonte: Uol
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