Cuíca é condenado a 21 anos de prisão por morte de jovem em Matelândia

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Publicada 15 de Dezembro, 2018 às 18:18

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Depois de quase oito horas, o julgamento do caso Igor Feriato  terminou no fim da tarde de quinta-feira, 13 de dezembro, no Fórum de Matelândia. O júri popular presidido pelo juiz Rodrigo Dufau e Silva condenou o réu José Barbosa Macedo, de apelido Cuíca, 35 anos, a 21 anos de prisão pelo crime de homicídio do engenheiro elétrico, Igor Feriato. Ainda cabe recurso.

Conforme o laudo da polícia, o jovem de 27 anos foi morto com dois tiros de calibre 38 no dia 12 de maio de 2016.  Ele foi encontrado morto na Linha Alegre, na área rural de Matelândia. Moradores da comunidade relataram que por volta das 1h ouviram um disparo de arma de fogo. O veículo da vítima, um Fiesta com placas de Londrina, foi encontrado mais tarde na localidade de Ouro Verde. O laudo da polícia apontou que na porta do veículo foram encontradas marcas de digitais do acusado e o cruzamento das antenas de celulares indica que o celular do acusado estava na cena do crime.

De acordo com o advogado de acusação, Antônio Carlos Brandão, o réu foi condenado pelo crime de homicídio qualificado por recurso que impossibilitou a defesa da vítima. "O Igor não teve a possibilidade de se defender.  Todos os argumentos da defesa foram rebatidos pela acusação. Nós conseguimos provar para o corpo de jurados que, pela dinâmica do local do crime e pela posição no banco de trás em que o acusado disse que estava dentro do carro do Igor,  ele foi o executor do crime", explica Brandão.

Tânia Maria Feriato, mãe de Igor, acompanhou o julgamento em Matelândia e clamou por justiça. "A justiça da terra a gente conseguiu e espero que nos traga paz. Igor era meu filho único e é muito difícil viver depois da perda de um filho de modo tão cruel. Agradeço o desempenho da polícia diante das investigações, do Ministério Público, da cooperativa Lar, dos amigos e da população de Matelândia. O júri me trouxe a tranquilidade de saber que outras mães não passarão por isso pelas mãos deste réu. Minha dor é constante, mas a justiça foi correta em suas decisões diante dos fatos", comenta.

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