Conta de luz da Copel vai subir bem acima da inflação

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Publicada 19 de Junho, 2018 às 13:43

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A?Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, em reunião da diretoria na manhã desta terça-feira (19), o reajuste das tarifas praticadas para as 4,5 milhões de unidades consumidoras atendidas pela Copel. O aumento vale a partir do dia 24 de junho e será escalonado de acordo com a faixa de consumo.

Para os consumidores residenciais, o porcentual ficou em 15,06%. Já os usuários de alta tensão, como as indústrias, vão pagar até 17,5% a mais na energia. O reajuste médio aprovado é de 15,99%. A?empresa soltou um comunicado, informando que aplicará o reajuste integral autorizado.

A?Aneel informou que, ao calcular o reajuste, considerou a variação de custos associados à prestação do serviço e as despesas com a aquisição e a transmissão de energia elétrica, bem como os encargos setoriais. Como a conta avalia os gastos do setor, o peso na conta para o consumidor final ficará bem acima da inflação do último ano, que foi 2,86%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor ? Ampliado (IPCA).

O?novo valor de tarifa deve ter impacto em outros setores, como na conta de água, já que boa parte dos custos operacionais da Sanepar vem da energia elétrica. Ainda que o reajuste autorizado tenha sido bem acima da informação, não é a primeira vez que os porcentuais superam em muito à oscilação dos preços ao consumidor, como em 2014, que foi superior a 30%.

Bandeira vermelha
Além do reajuste, as tarifas de energia devem ter mais um impacto. A Aneel anunciou bandeira vermelha para as contas de junho. Com isso, a tarifa terá um adicional de R$ 5,00 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Em maio, vigorou a bandeira amarela, que adicionava R$ 1,00 a cada 100 kWh consumidos. De janeiro a abril, vigorou a bandeira verde, que não tem custo adicional.

De acordo com a Aneel, a seca levou à redução do nível dos reservatórios das hidrelétricas, especialmente na Região Sul. Isso elevou o risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto prazo (PLD), que são os indicadores que determinam a cor da bandeira. O órgão regulador destacou ainda que a previsão de chuvas para junho será inferior à média histórica. O sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo da energia gerada e tem o objetivo de possibilitar aos consumidores o uso consciente de energia elétrica.

Fonte: Gazeta do Povo

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