Fim da greve dos Correios

Justiça determinou retorno e autorizou desconto de parte dos dias parados. Federação orientou sindicatos a voltarem ao trabalho já no começo do dia.

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Publicada 13 de Outubro, 2011 às 13:50

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A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect ) informou nesta quinta-feira (13) que a maioria dos funcionários voltou ao trabalho durante a manhã, cumprindo a determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST)."A orientação é para que todos retornem ainda pela manhã", disse o diretor da Fentect, José Gonçalves de Almeida.De acordo com o diretor, a maioria dos estados decidiu por encerrar a greve iniciada no dia 14 de setembro. Só nesta quinta-feira, entretanto, a federação terá um balanço sobre o fim das paralisações. Por volta das 13h20, o Almeida informou que não havia ainda confirmação de retomada dos trabalhos apenas em Campinas (SP), Minas Gerais e Roraima. Nos demais locais, o fim a greve já havia sido encerrada.Os Correios disseram que divulgariam novas informações sobre o fim da greve apenas perto durante a tarde desta quinta.Na terça-feira, o TST determinou a volta ao trabalho a partir de quinta-feira, sob pena de multa, e autorizou a empresa a descontar dos funcionários sete dos 28 dias não trabalhados. O tribunal fixou ainda o reajuste salarial da categoria em 6,87%, retroativo a 1º de agosto, além de aumento real de R$ 80 com validade a partir de 1º de outubro."Não consideramos que saímos derrotados. Não conseguimos tudo o que queríamos, mas entendemos que a luta foi válida. Conseguimos inclusive um aumento real nos salários", disse o diretor da federação.Desconto de dias não trabalhadosEm seu voto, o relator do dissídio, ministro Mauricio Godinho Delgado, defendeu que os dias parados fossem totalmente compensados com trabalho pelos funcionários, já que a greve não foi considerada abusiva.Entretanto, a maioria dos ministros votou pelo desconto dos dias parados, total ou em parte, considerando uma jurisprudência do tribunal - que prevê desconto devido à suspensão do contrato de trabalho e, portanto, dos serviços -, além de um pré-acordo assinado na semana passada entre representante dos Correios e sindicalistas.A proposta aprovada nesta terça-feira pelo tribunal, intermediária, prevê o desconto, de uma só vez, de sete dias e compensação de outros 21. Como os Correios já haviam cortado seis dias dos trabalhadores, referentes a setembro, falta descontar mais um.Redação: G1

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