Como o próprio nome indica o "assoalho" pélvico pode ser entendido como "chão", base de sustentação de um conjunto de órgãos tais como: bexiga, intestino, útero, ovário (mulheres), próstata (homens) e o ânus. Essa sustentação ocorre através de 13 músculos e ligamentos situada na região inferior da pelve, vulgarmente conhecida como bacia, entre o osso púbis e o cóccix.
Essa rede de músculos, tendões e fáscias são responsáveis pela estabilidade desses órgãos, mantendo-os em seus eixos em relação à vizinhança, propiciando o melhor funcionamento do sistema, ajudam a controlar os músculos que fecham o ânus, vagina (esfíncteres) e a uretra. São responsáveis pelas funções sexuais, no caso masculino a ereção e no feminino o orgasmo vaginal, o que atribui a nomenclatura de Períneo.
Geralmente a reabilitação do assoalho pélvico atua como reforços aos tratamentos em pacientes que possuem doenças degenerativas, neurológicas, além de pessoas que sofrem de constipação e evacuação obstruída, pós-operatório de hemorroidectomia, incontinência urinária e fecal, bexiga hiperativa e/ou neurogênica, instabilidade do Detrusor (musculo da bexiga), incontinência pós prostatectomia, flacidez perineal, reabilitação perineal pré e pós-parto entre outros.
Essa gama de complicações pode ser minimizada com o fortalecimento do assoalho pélvico, através da fisioterapia pélvica uroginecológica funcional, que é o procedimento adotado no tratamento de algumas dessas disfunções e apontada como a primeira escolha na intervenção desses pacientes. Esse tratamento vem se mostrando eficaz à medida que diminui ou posterga a necessidade das intervenções cirúrgicas, sendo os benefícios proporcionais ao nível da lesão.
A busca de orientação sobre a melhor forma de movimentação desse grupo muscular, em conformidade a idade, sexo e características do individuo faz-se necessária para a prevenção da disfunção desta importante parte do corpo.
Fisioterapeuta Margarete Lindgren
Crefito 33049F
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