Os crimes foram cometidos em janeiro de 2014. Com roupas e carteiras de policiais federais, quatro dos agentes da Polícia Civil roubaram um caminhão que levava US$ 200 mil em equipamentos eletrônicos, artigos de informática, produtos de limpeza e gêneros alimentícios. Eles esconderam a carga em uma propriedade em Urussanga, área rural de São Miguel do Iguaçu, e ainda ameaçaram a família que estava no imóvel, um casal e dois filhos.
De acordo com o MPPR, as vítimas foram coagidas a manter a mercadoria roubada em um paiol - um dos rapazes foi obrigado a ajudar a descarregar a carga do caminhão e a comprar drogas para o consumo dos policiais. Os policiais levaram parte das mercadorias no dia seguinte e, em seguida voltaram à propriedade e, armados, ameaçaram a família para que devolvessem os produtos. Colocaram a culpa nos filhos do casal e declararam que todos deviam R$ 600 mil a eles.
A família procurou a polícia para denunciar a situação, mas foi alertada a "não contar a ninguém" o que havia ocorrido. Depois disso, o mesmo delegado e alguns investigadores foram novamente à casa da família e apreenderam objetos pessoais, entre alimentos e produtos de limpeza, que não foram devolvidos.
Na época, os policiais estavam lotados em Medianeira e o delegado em São Miguel do Iguaçu.
Se condenados por ato de improbidade, os policiais podem perder a função pública, ter os direitos políticos suspensos e serem obrigados a pagar multa, entre outras sanções. Todos também respondem criminalmente pelos fatos apurados pelo MPPR.
Com informações do MP-PR
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