Colecionador de São José guarda mais de 100 mil embalagens de cigarro

O aposentado Celso de Souza iniciou sua coleção aos 10 anos de idade, mas nunca foi fumante. Acervo conta com itens raros e de diversos países.

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Publicada 17 de Julho, 2017 às 09:25

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Entre milhares de objetos possíveis para se colecionar, o aposentado Celso de Souza, morador de São José dos Campos, escolheu as embalagens de cigarro para seu hobby. Sem nunca ter fumado, ele guarda um acervo de mais de 100 mil itens.

Aos 78 anos, Celso afirma que tudo começou com uma brincadeira quando ele ainda era criança e morava na cidade de Paraisópolis, no sul de Minas Gerais. "Nós ficávamos brincando de jogar carteiras de cigarro vazias de uma janela alta. Quem conseguisse fazer a carteira cair em cima de outra, ganhava todas", disse.

Com o passar do tempo as embalagens mais bonitas ou diferenciadas foram se tornando coleção. Aos 19 anos ele se mudou para São José dos Campos, onde formou sua família e seguiu colecionando embalagens de cigarro.

"As primeiras carteiras de cigarro que despertaram meu interesse de começar a colecionar foram duas, das marcas 'Negritos' e 'Que Tal?', que eu encontrei no lixo em uma visita à Basílica de Aparecida. Eu tinha 10 anos de idade. As embalagens eram muito bonitas, então essas eu não apostava na brincadeira. Depois vim morar em São José, não tinha mais brincadeira, mas segui colecionando", conta.

O aposentado trabalhou a vida toda no ramo do comércio, foi dono de bares, lojas, agência de emprego e até presidente do sindicato do comércio. A coleção seguiu crescendo ao longo dos anos e, segundo ele, pode ser considerada a maior do Brasil - o aposentado pretende oficializar o 'recorde'.

"É algo que você cria amor em fazer. Eu sou contra as pessoas fumarem, tanto que nunca coloquei um cigarro na boca. Eu sempre achei bonitas as artes e desenhos nas carteiras de cigarro antigas. Pretendo colecionar até o dia que eu morrer", disse o colecionador.

Acervo

De acordo com Celso, a coleção começou a crescer de forma mais rápida depois de adulto, quando resolveu organizar e catalogar todas as embalagens que tinha. Com o tempo descobriu que mais pessoas colecionavam e, inclusive, se reuniam para trocar embalagens repetidas.

"Aqui em São José eu não conheço ninguém, mas eu sempre participei dos grupos de venda e troca em diversas cidades, como São Paulo, Campinas, Araraquara. Com o tempo a gente vai conseguindo alguns itens raros. Tenho embalagens de diversos países, como Alemanha, China, Mongólia e muitos outros", explica o colecionador.

Com um acervo de mais de 100 mil exemplares, o aposentado acredita que sua coleção pode ser a maior do Brasil, com embalagens raras, nacionais e importadas.

"Eu conheço o colecionador que está no topo do ranking oficial e acredito que minha coleção seja bem maior que a dele. Estou vendo certinho para entrar com a papelada e conseguir colocar meu nome no ranking. É um trabalho de 68 anos, seria um grande prazer tê-lo no topo da lista", disse Celso.

Fonte: G1

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