Mulher pode ser indenizada em R$ 8 mil em MG após descobrir que namorado era casado

Eles são de Juiz de Fora, se conheceram pela internet e mantiveram relacionamento por mais de um ano. Defesa ainda estuda se vai recorrer ou não.

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Publicada 28 de Junho, 2017 às 09:28

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Uma assistente de administração, de 48 anos, deve receber uma indenização de R$ 8 mil por ter sido enganada pelo ex-namorado, que ela conheceu através das redes sociais e que já era casado com outra pessoa antes do relacionamento. O caso de abuso contra a mulher foi enquadrado como danos morais pela Justiça em Juiz de Fora, na Zona da Mata.

A sentença do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) foi proferida este mês, em primeira instância, e julgou como procedente o pedido de indenização por conta dos danos, gravidade e ofensa sofrida pela vítima. A defesa do réu disse que vai estudar a sentença para decidir que medida tomar.

Segundo as informações do processo, o caso ocorreu em 2014. Na ocasião, a vítima conheceu o homem e os dois mantiveram um relacionamento por aproximadamente um ano e dois meses. A mulher começou a desconfiar da atitude do rapaz, que negou que era casado, mas após pesquisar ela descobriu que ele tinha uma esposa, que vivia em São Paulo (SP).

?Logo no início do relacionamento eu perguntei a ele se era casado e a resposta foi não. Ele relatou que tinha se separado há quatro anos e que depois chegou a ter um relacionamento com uma enfermeira, mas que também já tinha rompido há algum tempo?, revelou a mulher ao G1.

A assistente de administração manteve o namoro, mas aos poucos observava atitudes suspeitas do namorado. A desconfiança foi crescendo ao longo do relacionamento e ele começou a pesquisar para descobrir que segredos ele escondia.

?Eu o peguei em uma mentira, quando contou a mesma história com personagens e situações diferentes. Foi então que decidi ligar no prédio onde ele morava e perguntar por ele, foi quando me responderam que um casal morava no andar de baixo, mas que a esposa morava em São Paulo e só vinha nos finais de semanas?, comentou.

Confirmadas as suspeitas, a mulher terminou o relacionamento em 2015 e decidiu acionar a Justiça. Ela procurou a advogada, Flávia Machado, para saber o que poderia fazer para que ele pudesse ter algum tipo de reparação diante do abuso moral sofrido ao longo do período do relacionamento.

?Eu perguntei se ela tinha provas daquele relacionamento, das promessas e vínculo afetivo que ela manteve com ele, e ela me disse que tinha inúmeras provas, porque de fato era uma relação sólida, que envolveu a família e o dia a dia dela. Após confirmar esses fatos, acionamos a Justiça para solicitar uma reparação para tudo aquilo que ela passou?, declarou a advogada.

A vítima deu entrada na ação na 6ª Vara Cível de Juiz de Fora, onde o juiz Francisco Moreira Silva entendeu que o namorado havia mentido e deveria pagar uma indenização de R$ 8 mil por ter enganado a companheira por mais de um ano.

?A Justiça não está punindo por ele ter cometido um adultério, o processo cuidiu de fazer uma compensação pela tristeza e pela mágoa que ela viveu. A Constituição de 1988 trouxe a indenização por danos morais, para esse sofrimento que causa stress, amargura e violação da dignidade da pessoa, que é compensada com uma importância financeira para que ela se sinta melhor?, afirmou o juiz.

Fonte: G1

Em contato com o Guia Medianeira, a Empresa enviou uma Nota Oficial, confira na integra: 

Nota Oficial

A" Infobeleza comunica que a demissão da funcionária Vitória Valbão ainda estava em processo de decisão de qual seria o procedimento mais adequado a seguir quando a matéria sobre o caso foi publicada no portal G1. Portanto, a funcionária não foi mandada embora por justa causa. A Infobeleza ainda esclarece que a funcionária receberá todos os seus direitos, sem justa causa. 

A empresa ressalta que as câmeras que registraram o furto foram instaladas em razão de uma série de outros furtos de marmitas e até mesmo de dinheiro e outros bens. Por esse motivo, a empresa viu a necessidade de providenciar câmeras de segurança até mesmo no refeitório. Após isso, as câmeras registraram o furto no mesmo horário que os outros vinham acontecendo. O Boletim de Ocorrência não foi registrado pela empresa e sim pela colega de trabalho que sentiu-se prejudicada.  

Em reportagem publicada pelo G1 nesta quarta-feira (28), a funcionária diz que foi induzida a pedir a sua própria demissão, o que não ocorreu. A Infobeleza ressalta que em nenhum momento quis expor a funcionária e nem prejudicá-la. 

Apesar de a funcionária ainda alegar em reportagem que não pretende fazer acordo com a empresa, sua homologação foi agendada para esta quinta-feira (29). A Infobeleza lamenta muito o acontecido e está fazendo o possível para resolver o caso seguindo as leis trabalhistas, como vem fazendo desde o início. A Infobeleza é uma empresa séria e que sempre respeitou seus funcionários. Até hoje, não possuía registros de reclamações de seus colaboradores."

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