Presidente da Lar e representante da Frimesa se reúnem com diretores da Acime

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Publicada 21 de Março, 2017 às 10:01

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Na manhã desta terça-feira, uma reunião foi realizada na Associação Comercial de Medianeira. Juntamente com os diretores, foram convidados representantes das duas maiores cooperativas do município, Lar e Frimesa. 

O diretor presidente da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues, esteve presente para esclarecer detalhes da operação Carne Fraca, bem como falar sobre os reflexos que a mesma trouxe para o mercado, o que inclui diretamente a empresa. 

Representando a Frimesa, a responsável pela assessoria de comunicação da empresa, Elis Rejani, esclareceu o posicionamento da cooperativa em relação ao ocorrido, bem como falou sobre os reflexos e as medidas a serem tomadas. 

A carne é um dos produtos mais exportados do país, com a denúncia e investigação de frigorifico, vários países cortaram a importação, o que possivelmente, pode afetar a economia do Brasil. 

Em entrevista, o diretor presidente da Lar Cooperativa deu mais esclarecimentos. Confira: 

?Atendendo ao convite da Acime, que é muito importante para nós em função de tudo que tem acontecido em relação a operação Carne Fraca, precisamos aproveitar cada oportunidade para falarmos aos nossos consumidores, da marca Lar, o que em nossa visão pode estar acontecendo. 

Nos parece que houve uma intenção da Polícia Federal meio exagerada, ao jogar na grande mídia, informações antes de saber exatamente o que estava acontecendo. Exemplo disso é a Lava Jato, só se divulga algo depois que alguém está preso.

 

Nessa operação, Carne Fraca, incluíram todos os produtores em uma generalização, como se todo o setor de carnes do país estivesse contaminado e agora, quase cinco mil empresas precisam se defender. 

Claro, alguém tem culpa. Se o problema foi denunciado por um médico veterinário, ele fez o correto, ele não concordou com certas práticas, também queriam remanejar ele de cidade, ele é um funcionário público do ministério. Então, ele resolveu denunciar o que podia estar errado.

 

A Polícia Federal ficou dois anos fazendo investigação, e nunca consultou técnicos, não conhece o assunto, citou inverdades, e agora está vindo à tona. A opinião pública, até a estrangeira, está vendo que a instituição federal agiu mal?, comentou o diretor presidente sobre a operação. 

Já sobre o posicionamento da Lar, ele falou sobre as medidas que já estão sendo tomadas: 

?A posição da Lar nesse momento é de cautela, ontem publicamos uma nota oficial para dizer que nós estamos produzindo carnes há 17 anos, com rigor impressionante de qualidade, de controle, temos o domínio de toda a cadeia produtiva.

Nosso produtor é certificado por certificadores internacionais, há também nosso controle de qualidade, nosso programa de qualidade, então estamos muito seguros. Já fomos solicitados no Japão para publicar a nota oficial, ontem mesmo tivemos clientes da Alemanha e também de Israel, em nossa Sede. O posicionamento deles é positivo, disseram-nos que essa pode ser uma oportunidade para a cooperativa crescer ainda mais, porque algumas marcas precisaram reconstruir a sua credibilidade?.

Os reflexos foram quase imediatos, causando um baque na economia do país que estava crescendo, de forma lenta, novamente: 

?Isso é uma pancada forte, que aumentará custos, que trará dificuldades para algumas marcas exportarem, o que eventualmente precisaram colocar os produtos no mercado interno, o que pode baixar os preços. 

Os custos principais são de análises, que além dos nossos, precisaram ser feitas em laboratórios independentes. 

A Lar continua produzindo, já começamos a fazer reservas de câmaras frigorificas, porque pode dar uma pausa nas exportações. A China por exemplo bloqueou durantes sete dias, os containers que chegaram lá ficaram na reta guarda, em câmaras frigorificas, o que está em alto mar não descarrega, e o que está aqui não pode embarcar.

Isso significa que a produção está andando e nós temos que ter lugar para armazenar, isso tem um custo. Achamos que isso poderá ser solucionado muito rápido. 

Posso garantir que as marcas produzidas aqui na região são todas de confiança. ?

Redação Guia Medianeira

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