Os Pseudo-ecologistas e a fome

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Publicada 20 de Julho, 2011 às 10:23

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Por que não fazem campanha contra as plantações de tulipa na Holanda? O momento esta rico em acontecimentos sobre temas relevantes, mas que nos últimos anos têm sido foco de intensas discussões muito mais de cunho ideológico do que científico.  Se de um lado colocarmos na balança os países ricos, vamos encontrar uma economia moderna, baseada em políticas racionais e pragmáticas, fruto do conhecimento, que além de uma governança estável, tem qualidade de vida.  No outro lado da balança, encontram-se os países atrasados, ou em desenvolvimento, como é o nosso caso, onde as discussões não são racionais, e tendem a serem dominadas por posições ideológicas, de forma ingênua ou movidas por interesses estranhos. Nestes países ainda não há um rumo definido e  as oportunidades vão se perdendo.  Recentemente assistimos atônitos as discussões no âmbito da Câmara Federal dos Deputados sobre o Código Florestal. De um lado estava a proposta do deputado Aldo Rebelo, para um novo Código, baseada em estudos técnicos e audiências públicas, uma atitude de respeito aos agricultores e amor ao País. De outro lado contraditando, estavam os de sempre, baseados em posições ideológicas, participantes e donos de ONG's, sem nenhuma base científica, sem discutir com a sociedade, os que têm a vida ganha, pseudo-ecologistas capitaneados pelo Deputado do clã Sarney, enfim,  o que há de mais atrasado no País, procurando denegrir a imagem do produtor rural brasileiro, quando este é o maior herói e que está salvando o Brasil. No meio desta turma está o Greenpeace, movimento ambientalista com sede na Holanda, pais que não possui árvores nem à beira dos cursos d'água e desconhecem o que seja área de preservação permanente ou reserva legal. Quais são os seus interesses?  Estudo recente da OCDE - Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico e da FAO - Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, revelam que nos próximos 10 anos a expansão agrícola mundial será de apenas 1,7% ao ano, e na última década foi de 2,6%. O pior, vamos crescer em áreas marginais de solos pobres e clima desfavorável, o que acentua os desafios para enfrentar a segurança alimentar global, o que tem deflagrado sinais de alarme sobre a instabilidade econômica, política e a segurança alimentar. Aí está uma oportunidade para o Brasil, que tem na agricultura o único segmento superavitário na balança de pagamentos. Se formos capazes de sensibilizar o Senado e se houver a sanção presidencial do projeto, teremos no decorrer do ano, um Código Ambiental, que nos permitirá continuar a fazer uma agricultura moderna, e que cresça com sustentabilidade racional.  No próximo ano será realizado no Rio de Janeiro, a conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável (UNCSD 2012), denominada Rio + 20. Esperamos que ao invés de nos oprimirem, como ocorrem por iniciativa de certas entidades, os países, ONG's e movimentos sociais se unam para implantar um Código Ambiental Internacional e que todos os países também tenham o instituto das APP - Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal, nos mesmos índices válidos no Brasil. Só assim teríamos todos os biomas originais no planeta e todos os rios protegidos, entre eles o Douro, Sena, Tâmisa e o Reno.  Por que não fazem campanha contra as plantações de tulipa na Holanda, ou contra o cultivo de uvas em encostas na França, na Alemanha, na Itália e em Portugal?  Chega de os movimentos sociais no Brasil serem patrocinados e financiados por entidades religiosas católicas, protestantes e anglicanas com sede na Grã-Bretanha, Canadá, Alemanha e Áustria. Nós temos uma oportunidade e uma missão: produzir alimentos para nos desenvolvermos e não sermos acusados pela nossa consciência contra o flagelo da fome.   Redação: Irineo da Costa Rodrigues - Engenheiro Agrônomo, Diretor Presidente Cooperativas LAR e COODETEC

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