De acordo com a tradição, o fato de a liquefação não acontecer prenuncia um grande desastre. Foram poucas as vezes que isso aconteceu ao longo dos últimos 627 anos. Numa delas, em 1527, dezenas de milhares de pessoas morreram pela praga; em anos mais recentes, em 1939, começou a Segunda Guerra Mundial.
? Nós não devemos pensar em desastres e calamidades ? afirmou o monsenhor Vincenzo De Gregorio, abade da Capela Real do Tesouro de São Januário em Nápoles, na Itália, ao jornal italiano ?La Stampa?. ? Nós somos homens de fé e devemos continuar rezando.
Anualmente, o milagre da liquefação acontece no sábado anterior ao primeiro domingo de maio, em homenagem à Virgem Maria; no dia 19 de setembro, dia de São Januário; e no dia 16 de setembro, em referência à erupção do Monte Vesúvio de 1631, que teria sido contido após uma estátua do santo ser exposta para o vulcão.
Segundo a tradição católica, São Januário foi bispo da arquidiocese de Benevento que se opôs à perseguição romana e acabou condenado à morte em 305 por decapitação. Seu corpo e sua cabeça foram recolhidos por um senhor de idade, e levados para um local seguro, onde uma mulher encheu um frasco com seu sangue, que seria o que está guardado até hoje na relíquia.
Fonte: O Globo.
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