Kombis brasileiras chegam a custar R$ 180 mil após reforma na Itália

Entusiastas importam Kombis do Brasil e as restauram em Florença. Italiano que viveu no Brasil idealizou 'hospital' para antigas Kombis.

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Publicada 23 de Novembro, 2016 às 11:45

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Em um escondido depósito no centro de Florença, dois entusiastas se empenham em deixar como novas antigas Kombis, o mítico utilitário da Volkswagen, a maioria delas vinda do Brasil.

Alguns desses veículos têm mais de 50 anos, porém, depois de serem desmontados, reparados e, às vezes, adaptados para as tendências atuais, podem resistir a outro meio século, assegura Giacomo Nucci, mecânico e especialista em renovar esses veículos, dando-lhes um toque vintage.

"Com uma boa manutenção, as Kombis são indestrutíveis, ainda que tenhamos que refazer uma boa parte da mecânica, mantendo os motores de origem", explica Nucci, perto de um "pulmino" (micro-ônibus em italiano), que parece recém-saído da fábrica, apesar de já ter uns bons anos.

Nucci se dedica a operar essas máquinas há 7 anos, eternos símbolos de liberdade, para colecionadores e também para empresas de publicidade.

Empresas de moda "nos pedem Kombis sob medida" para fotos de catálogos, explica o mecânico, assegurando que há poucas empresas que ofereçam esse tipo de serviço.

Foi Mauro Altamore, um italiano que viveu por muito tempo no Brasil, que idealizou este "hospital" para antigas Kombis, cujos clientes vêm de toda a Itália, e também da Europa.

Confessa que se interessou quando pequeno por essas caminhonetes com motor traseiro, quando colecionava miniaturas do também famoso Fusca da Volkswagen. Esse carro lendário dá uma parte de seus elementos mecânicos (motor e eixo) para as Kombis.

Geração hippie

"Jurei a mim mesmo que compraria uma aos 18 anos, mas meu pai me proibiu dizendo que consumiam (gasolina) demais", relembra. Desde então, perdi as contas de quantas dessas comprei antes de renová-las.

Tudo começou há 10 anos: "Fui para o Brasil por causa do meu trabalho" de importação e exportação, explica Mauro Altamore, e ele se deu conta da quantidade de Kombis que circulavam no país. "Pensei, então, que seria legal importar algumas" para a Itália.

"Entre meus clientes, a primeira empresa foi uma famosa companhia de biscoitos", conta.

Mais tarde, continuou durante um tempo importando roupas do Brasil, mas acabou especializando-se nas Kombis, restaurando-as com a ajuda de Giacomo "para garantir a qualidade para meus clientes".

Esses automóveis, alguns totalmente transformados segundo os gostos dos clientes, têm entre 40 e 50 anos. Depois de renovadas, podem ser vendidas entre 10 mil e 50 mil euros (cerca de R$ 180 mil), segundo Altamore.

Fonte: Auto Esporte

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