Donald Trump vence Hillary Clinton e é eleito presidente dos EUA

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Publicada 09 de Novembro, 2016 às 08:36

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Após uma campanha polêmica onde as pesquisas não o indicavam como favorito, Donald Trump foi eleito presidente dos EUA.  

Quarto dos cinco filhos de Fred Trump, um construtor de origem alemã, e Mary MacLeod, uma dona de casa de origem escocesa, Donald John Trump nasceu no bairro do Queens, em Nova York, no dia 14 de junho de 1946.

Já na adolescência, Trump começou a causar polêmica. Aos 13 anos, agrediu um professor na escola e acabou sendo levado pelo pai à Academia Militar, na esperança de que a disciplina pudesse mudá-lo. Saiu de lá em 1964, formado e com a patente de capitão. Quatro anos depois, se formou em economia pela Wharton School, da Universidade da Pensilvânia, com o objetivo de tomar conta da empresa da família, a Elizabeth Trump & Son, dedicada ao aluguel de apartamentos de classe média em Nova York.

De fato, em 1971, tomou as rédeas da empresa e a rebatizou de "Organizações Trump". Mudou a sede para Manhattan e começou sua saga de empresário megalomaníaco. Do alto da Trump Tower, um arranha-céu de 58 andares construído na Quinta Avenida, montou um império de hotéis, campos de golfe e cassinos, amealhando uma fortuna hoje calculada pela revista "Forbes" em US$ 3,7 bilhões -- - o empresário diz ter um patrimônio superior a US$ 10 bilhões.

Diferentemente do que gosta de propagar, nem tudo foi sucesso na carreira empresarial de Trump. Seus negócios faliram quatro vezes e, na década de 1990, ele se viu com sérios problemas financeiros. Para se reinventar, foi parar na TV, apresentando o reality show "O Aprendiz" e lucrando com o showbiz, apostando em concursos de miss e outros projetos de entretenimento.

Em sua vida pessoal, o presbiteriano Trump casou-se três vezes. A primeira em 1991, com a modelo tcheca Ivana Zelnickova, com quem teve três filhos: Donald Jr., Eric e Ivanka. Depois, em 1999, com a atriz Marla Maples, com quem teve uma filha, Tiffany Trump. E desde 2005 está com a ex-modelo eslovena Melania Knauss, com quem teve um filho, Barron William.

Por ter perdido o irmão mais velho, Fred, para o alcoolismo, Trump não bebe álcool e não fuma. Um traço curioso de sua personalidade é a obsessão por limpeza. Por ter medo de micróbios, ele evita apertar as mãos das pessoas, algo que se tornou um tormento a partir do momento em que virou candidato presidencial, sua primeira experiência na política.

Em 2000, lançou-se candidato a presidente pelo nanico Partido Reformista dos EUA, mas, antes mesmo da eleição, desistiu do pleito. Uma pesquisa mostrou que o empresário tinha 7% das intenções de voto em uma disputa contra o republicano George W. Bush --que venceria a eleição-- e o democrata Al Gore.

Por nunca ter ocupado um cargo político nem participado de fato de uma eleição, a falta de experiência de Trump é uma das principais críticas feitas por seus oponentes. Para ele, no entanto, isso é algo positivo, já que não se vê como político. "Os políticos falam e não agem. Eu sou o contrário", afirmou em junho de 2015, quando se lançou pré-candidato à Presidência dos EUA pelo Partido Republicano.

A campanha eleitoral de Trump à Presidência foi marcada por gafes e constantes ataques à Hillary Clinton. Aos poucos, o discurso principal de Trump de "fazer a América grande novamente", que funcionou tão bem durante as primárias, deu espaço às polêmicas. Pela primeira vez, nenhum grande órgão de imprensa americano endossou a candidatura republicana. Parte da mídia, inclusive, foi acusada por Trump de fazer campanha pró-Hillary.

A rejeição de parte da opinião pública fez com que vários nomes históricos e relevantes do Partido Republicano abandonassem o apoio ao bilionário para concentrarem as forças nas eleições legislativas. O ex-presidente George W. Bush admitiu, por exemplo, que ele e a mulher, Laura, votaram branco na eleição desta terça.

Durante a campanha, Trump ainda ofenderia refugiados sírios e seria acusado de não ter pago impostos federais por 18 anos. No entanto, o grande golpe sofrido pela campanha foi a divulgação de um vídeo no qual o empresário se referia a mulheres usando termos obscenos e degradantes. A declaração foi feita em 2005, quando Trump ia de ônibus a um estúdio de televisão.

O candidato foi acusado de machismo e chegou a pedir desculpas a quem se sentiu ofendido. No entanto, se defendeu dizendo que suas palavras não passavam de "papo de vestiário" e disse que Bill Clinton, ex-presidente e marido de Hillary, tinha feito coisas muito piores. O episódio foi amplamente divulgado na imprensa e usado em dois dos três debates presidenciais por Hillary. A democrata, por sinal, foi considerada pela maior parte da imprensa local vencedora dos três encontros.

Após o vazamento das declarações de Trump e o surgimento de várias mulheres que se disseram vítimas de assédio por parte do bilionário, a debandada de republicanos de sua campanha foi ainda maior. O candidato, inclusive, criticou publicamente colegas de partido como o deputado Paul Ryan, líder na Câmara.

As informações são do UOL.

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