Até quando o que teremos para hoje é saudade?

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Publicada 27 de Julho, 2016 às 14:56

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Vídeo de Jenifer cantando a música de Gabriel Gava - composta em homenagem a Cristiano Araújo (Amo até o céu)

Uma, duas, três, quatro. Isso mesmo, quatro vítimas de uma fatalidade perderam suas vidas no último final de semana. 

Motivos? Não vem ao caso. Julgamentos e questionamentos também não. Mas o que não pode deixar de ser falado e colocado na mesa é: o que está acontecendo? 

Quase todos os finais de semana, relatamos acidentes graves, com vítimas fatais e, geralmente, jovens. 

Todo mundo gosta de se divertir, todo mundo tem o direito de se divertir, ninguém sabe o que vai acontecer na próxima esquina, na próxima avenida, no próximo cruzamento. 

Mas todo mundo, durante essa semana, durante o mês passado e no outro, durante muitos anos, vai sentir e chorar a saudades dessas vítimas, que dia após dia deixam suas casas para nunca mais retornar. 

Talvez eles estivessem pensando em chegar em casa e dormir por horas e horas, olhando pela janela do veículo e pensando o quanto seria bom estar em sua cama. Ou lembrando-se do último almoço em família, da última vez que escutaram sua música favorita. 

Talvez eles soubessem que aquela era a hora, talvez eles sentissem dor, talvez não. 

A morte dói para quem fica, a saudade arde para quem não vai. A família precisa de força, fé e coragem para seguir a estrada, talvez a mesma que levou seus entes queridos. 

E nós, continuamos chocados, com o tamanho da brutalidade, da fatalidade. O que sabemos sobre o acidente é só um detalhe, a real mudança precisa acontecer dentro de nossos corações. 

Quantas notícias ainda vão precisar veicular até que se tome consciência da gravidade disso? Quantas vítimas precisaram encontrar postes para que vocês respeitem a vida, as regras e as leis dos céus e dos homens? Quantas famílias precisaram sentir a dor de não os ver voltarem para que vocês percebam o quanto isso é grande, o quanto as palavras e os atos ferem, física e psicologicamente? 

O que fica para hoje é saudades, é esperança, de que as pessoas tomem consciência de seus atos, seja dirigindo, ou seja, respeitando o falecimento de alguém. O mundo não precisa de regras, elas existem já. O mundo precisa de seres humanos que saibam os limites, de velocidade, de julgamento e com toda certeza o limite do parar. 

Antes de julgar, lembre-se que eles tinham família. Antes de buscar entender, lembre-se que você não estava lá. E antes de beber e dirigir, lembre-se que talvez o seu passageiro só quisesse chegar em casa e deitar na cama dele. 

Fatalidades acontecem, tragédias acontecem, respeito acontece. 

Redação Guia Medianeira

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